15 agosto 2010

Em Agonia

Onde vás, onde te encontres, defrontarás a agonia.
Anseias pela paz, buscas segurança, no entanto és surpreendido a cada instante pelo esboroar dos teus sonhos.
Programas elaborados por anos-a-fio, quando postos em execução, não resistem aos testes mais humildes, e aflições sem nome te povoam a casa mental, arruinando a esperança que anelavas.
Aspirações agasalhadas nas mãos da ternura se ensombram de augúrios pessimistas, quando supõe chegado o momento de corporificá-las. Aqui surpreendes o erro como língua de fogo purificador cremando a iniquidade do pretérito.
Ali defrontas a ofensa transformada em chaga viva, reparando a loucura ultriz de ontem.
Além encontras a desdita aguardando, qual lição necessária, a bênção reparadora.
E concluis, ao fim, que a soma dos dias apresenta mais inquietação do que serenidade. Ê que todos somos espíritos endividados com as Leis Divinas em processos renovadores, pelo cadinho das reencarnações sucessivas
Enquanto o espírito jornadeia na Terra, em programas disciplinantes, não pode prever a experiência com que o amanhã lhe cobrará o tributo da evolução.
Quantos, porém, possam atravessar as dificuldades com ô coração dorido mas alçado ao amor, embora opresso, avançam na direção da liberdade.
Não te revoltes com as rudes provações.
O que hoje te falta significa desperdício de ontem.
O de que tens necessidade, malbarataste.
A limitação que te oprime, corrige-te o excesso mal aplicado.
O que te detém, detinhas.
Alonga os olhos na direção dos horizontes infinitos e agradece a Deus a agonia que experimentas, mas em cuja trilha haurirás paz.
Reúne as forças da coragem e liga-te de todo o coração aos heróis silenciosos que sofrem e trabalham infatigavelmente, seguindo com eles em busca da verdadeira vida, porquanto ninguém há, na Terra, abastado ou mendigo, que desfrute de paz integral, felicidade plena ou desgraça total, no atual estado evolutivo. Apesar das dores que assinalas e das aflições que te aprimoram, as Excelsas Mãos estão modelando em teu íntimo, para mais tarde, a lira sublime que tangirás em harmoniosas vibrações, passado o estágio na abençoada escola terrena de agonias.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

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