25 dezembro 2009

Natal


Diante do bolo iluminado, abraças, feliz, os entes amados que chegaram de longe...
Ouves a música festiva que passa, de leve, por moldura de harmonia às telas da natureza... Entretanto, quando penetrarem o templo da oração, reverenciando o Mestre que dizes amar, mentaliza o estábulo pobre.
Ignoramos de que estrela chegando o Sublime Renovador, mas todos sabemos em que ponto da Terra começou ele o apostolado divino.
Recorda as mãos fatigadas dos tratadores de animais, os dedos calosos dos homens do campo, o carinho das mulheres simples que lhes ofertaram as primeiras gotas do próprio leite e o sorriso ingênuo dos meninos descalços que lhe recebera, do olhar a primeira nota de esperança.
Lembra-te do Senhor, renunciando aos caminhos constelados de luz para acolher-se, junto dos corações humildes que o esperavam, dentro da noite, e desce também da própria alegria, para ajudar no vale dos que padecem...
Contemplará, de alma surpresa, a fila dos que se arrastam, de olhos enceguecidos pela garoa das lágrimas. Ladeando velhinhos que tossem ao desabrigo, há doentes e mutilados que suspiram pelo lençol de refúgio na terra seca. Surgem mães infelizes que te mostram filhinhos nus e crianças desajustadas para quem o pão farto nunca chegou. Trabalhadores cansados falam de abandono e jovens subnutridos se referem ao consolo da morte...
Divide, porém, com eles o tesouro de teu conforto e de tua fé e, nos recintos de palha e sombra a que te acolhes, encontrarás o Cristo no coração, transfigurando-te a vida, ao mesmo tempo em que, nos escaninhos da própria mente, escutarás, de novo, o cântico do Natal, como que repetido na pauta dos astros:

- Glória a Deus nas alturas e boa vontade para com os homens!...

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Antologia Mediúnica do Natal. Ditado pelo Espírito Meimei. 

Petição do Natal



Senhor Jesus!...
Ante o Natal, agradecemos
A enorme evolução que nos permites.
Iluminaste a inteligência humana
Para vitórias quase sem limites.
Nunca subimos tanto!... Num minuto,
Nações se comunicam, pólo a pólo...
O homem revolve a Terra, em toda parte,
Desde as grimpas do Espaço às entranhas do Solo.
Entretanto, Senhor,
Enquanto o carro do progresso avança,
Atropelando as multidões do mundo,
Surge a dor na carência de esperança.
Pela força dos Céus, tão alto nos elevas,
E lutamos ainda em conflitos extremos...
Concede-nos, no amor com que nos guardas,
A proteção da paz que ainda não temos. .
Natal!... Ouve, Jesus, as trompas de ouro
Que te exaltam na Terra os dons divinos!...
Com o amparo de Deus, tão grandes nos fizeste!
Ensina-nos, Senhor, como ser pequeninos!...,


Xavier, Francisco Cândido. Ditado pelo Espírito Maria Dolores.

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