14 maio 2009

MELINDRES




Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.

Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.

Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.

Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estuda-la.

Melindres arrasam as melhores plantações de amizades.

Quem reclama, agrava as dificuldades.

Não cultive ressentimentos.

Melindrar-se é um modo de perder as melhores situações.

Não se aborreça, coopere.

Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.

(F.C.Xavier- André Luiz.)

Livro – Sinal Verde

EXCESSOS

Não sejas excessivamente nada...
Nada em excesso faz bem...
Não sejas excessivamente bom para que não te enredes em tua própria bondade, e, assim, te corrompas na presunção de tuas próprias leis de nobreza e misericórdia.
Não sejas excessivamente justo para que a tua justiça não se torne em perversidade.
Não tentes ser amor, mas apenas ama.
Somente Deus é amor.
Nós não sabemos como é ser amor.
Não sejas completamente inclusivo, pois, assim, perderias o teu caráter.
Não sejas completamente exclusivo, pois, assim, perderiam a tua alma e tornar-te-í-as empedrado.
Um santo tem que antes ser um bom pecador.
E o caminho para a santidade é vereda do reconhecimento do pecado.
Não busques nem as alturas e nem os abismos.
Se tu chegares num desses pólos... Que tenhas sido apenas levado pela vida, não por ti mesmo.
Antes, busca o caminho do equilíbrio e a vereda plana.
Todo excesso destrói o ser!

SABEDORIA


Há muitas vezes um conceito errado sobre a Sabedoria.
Não consiste na acumulação de conhecimentos, não é uma procura exagerada, por vezes, de "ser o maior porque sei mais", mas sim, uma forma de vida.
A verdadeira Sabedoria é ser feliz, encontrar a felicidade, que é o mesmo que dizer, encontrar Deus.
É saber estar no mundo, saber dominar-se e saber estar com os outros.
É percorrer os bons caminhos evitando os maus, aqueles que levam à perdição.
Ensina-me Senhor a viver esta Sabedoria que a Bíblia, Palavra de Deus, nos propõe.

DEPENDÊNCIA


Dependência

Deus leva-nos a viver na sua dependência, através das provas e desertos espirituais, para aprendermos a confiar e a crescer mais nele e assim o conhecermos melhor.
Muitas vezes os cristãos não estão preparados para o deserto, porque pensam que os problemas acabam no dia que aceitam Jesus, e por isso quando são testados não entendem que precisam aprender a lição da dependência de Deus, para poderem crescer espiritualmente.
Quando o povo de Israel estava no Egito, Deus viu o clamor e o sofrimento deles e preparou a sua saída. Deus quis tirar o povo da escravidão.
Ainda hoje, o deserto costuma ser um lugar de passagem para todo o filho de Deus, onde o Senhor nos ensina verdades que nos capacitam para a nossa vida cristã em todos os níveis.
Quando o povo saiu do Egito, o Senhor ia diante deles. Êxodo 13:21,22. “E o Senhor ía diante deles, de dia numa coluna de nuvem, para guiá-los e de noite numa coluna de fogo, para alumiá-los, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite”.
Deus quis que o seu povo ficasse totalmente dependente dele para fortalecer a sua confiança.
O povo tinha visto o que o Senhor havia feito para os levar até ali, mas quando olharam e viram Faraó no seu encalce o temor fez com que esquecessem o quão Deus é grande. Êxodo 14:10-16.
Deus no entanto queria ensinar-lhes a lição da dependência. Mar à frente – Faraó atrás
Dependiam de Deus para comer, beber, vestir, calçar – Total dependência.
No deserto não há nada, Deus queria fazê-los crescer espiritualmente. Dt 8:2,3,4 Deus queria que eles próprios se conhecessem.
A dependência de Deus tem como objetivo tornar-nos fortes. Quando estamos no deserto somos provados, para sermos aprovados.
Quando estamos sendo provados temos de desenvolver atitudes que nos vão fazer sair aprovados e vitoriosos sobre todas as provas.
Seremos vencedores com a confiança e confissão das verdades da Palavra de Deus para a nossa situação.
Seremos vencedores Fp 4:13. “Sei estar abatido e sei também ter abundância, em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas, naquele que me fortalece.”
2 Co.12:9 “ E disse-me a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo”
Viver na dependência de Deus é: viver acima dos nossos limites, das nossas capacidades, das nossas forças de nós próprios .
Mateus 17:8 “ E erguendo eles os olhos a ninguém viram senão unicamente a Jesus”
Viver na dependência de Deus é não contares contigo, mas contares com Ele em ti e creres que podes todas as coisas , que terás toda a capacidade, que terás a força suficiente que és mais que vencedor naquele que te capacita, que te fortalece qu é tudo em ti.

13 maio 2009

Entrevista com Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho / Violetas na janela

a médium psicógrafa escritora de vários livros espíritas

A médium psicógrafa escritora de vários livros espíritas

A escritora e médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho vem se destacando no meio literário espírita com a publicação de histórias que têm comovido centenas de milhares de pessoas, consolidando sua fé no mundo espiritual e encaminhando-as para uma compreensão mais aprofundada do assunto.

Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho refere-se aos relatos que recebe por meio de psicografia como se fossem seus filhos. Natural de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Vera Lúcia já é um nome de destaque na literatura espírita, especialmente com Violetas na Janela, best-seller que já ultrapassou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos.

O livro é uma novela assinada por Patrícia, um dos espíritos que entram em contato com Vera Lúcia, e foi adaptado para o teatro em peça montada por Ana Rosa em 1997, que desde então vem fazendo sucesso em todo o Brasil.

Ana Rosa disse que tinha de fazer a peça, uma vez que tinha muito a ver com uma perda pessoal, sua filha Ana Luísa, que morreu atropelada aos dezenove anos. Ela, seu marido e sua filha Beatriz ganharam, no mesmo mês, exemplares do livro de presente. A “coincidência” deu ainda mais impulso à sua intenção.

O best seller do espírito Patrícia
O best seller do espírito Patrícia: sobrinha de Vera

O sucesso das dezenas de livros que já publicou pela Petit Editora, explica Vera, deve-se aos Amigos Espirituais, especialmente o espírito Antonio Carlos, que foi quem lhe deu muitas orientações e amparo quando ela se iniciou na psicografia. Ela diz que ele está sempre presente, em todos os lugares aonde ela vá e que têm relação com os livros, inclusive nas sessões de autógrafos. O espírito Rosângela, responsável pelo livro O Difícil Caminho das Drogas, um dos mais recentes da autora, também tem estado presente. O mesmo não ocorre com Patrícia, que não tem vindo muito à terra uma vez que está trabalhando no plano espiritual.

Tanto Patrícia quanto Rosângela são responsáveis por uma maior aproximação com os jovens e o interesse deles pelos temas apresentados nos livros. Rosângela desencarnou quando iria completar catorze anos e foi socorrida logo após a morte de seu corpo físico. Vera Lúcia acredita que os jovens podem ter se interessado muito por seus relatos porque Rosângela usa a linguagem deles, entende seu mundo e suas dificuldades melhor do que ninguém. Assim, ela trata de temas polêmicos ligados aos jovens e adolescentes – assuntos que também devem ser lidos e conhecidos pelos pais, porque é uma forma de se conhecer melhor os jovens e entender seu mundo e suas dificuldades.

A médium diz que cada espírito tem seu próprio modo de trabalhar, e ela precisa se adaptar a cada um. Antônio Carlos, por exemplo, escreve em capítulos, escrevendo cada um no rascunho e reescrevendo-o duas vezes, para então passar a limpo, embora conte à Vera a história inteira. Já Rosângela escreve o livro inteiro no rascunho e volta a fazê-lo até que fique bom.

Em O Difícil Caminho das Drogas, o espírito Rosângela apresenta uma visão triste, porém objetiva, do que ocorre com os usuários de drogas ao chegarem ao mundo espiritual, dos problemas que enfrentam à possibilidade de reabilitação mediante tratamentos especiais. Além de mostrar de forma nítida os efeitos negativos já bastante conhecidos das drogas no corpo físico, ela também se estende sobre os problemas causados no espírito, algo a que poucos têm dado atenção.

Desde quando você é espírita?

Sempre admirei a doutrina espírita por sua coerência, me dando explicações raciocinadas. Me tornei espírita praticante em 1977, e desde então tenho estudado sempre e tentado pôr em prática o que aprendo nas tarefas do dia-a-dia.

Como começaram a ocorrer as psicografias? Quando você percebeu sua mediunidade e como ela foi desenvolvida?

Quando passei a freqüentar o centro espírita, Antônio Carlos se apresentou e me convidou a fazermos juntos uma tarefa com a literatura espírita. Começamos com um treino que durou nove anos, com horário marcado. Quanto a minha mediunidade, desde pequena vejo e converso com desencarnados. Tinha medo, embora minha mãe tivesse me ajudado bastante. Após compreender, tudo se tornou normal pra mim.

No livro O Difícil Caminho das Drogas, Rosângela diz que você foi ajudada, e que sofria com a influência de espíritos inferiores. Você poderia falar um pouco sobre isso?

Quando se tem mediunidade acentuada e não sabemos lidar com ela, nossa vida se complica um pouco. No meu caso, me angustiava ver espíritos pedindo para dar recados. Como em toda vivência, vemos espíritos bons, o que é sempre agradável; mas também vemos desencarnados que estão em sofrimento ou no caminho do mal, e quando isto acontece quase sempre recebemos deles influências negativas. Foi por isso que, sofrendo, procurei a doutrina e me tornei espírita.

No livro também é citado um Departamento da Reencarnação. Como ele funciona?

Em quase todas as colônias existem departamentos que orientam quem deseja saber sobre reencarnações, seja para recordar seu passado ou para se preparar para uma nova etapa encarnado. Tudo muito organizado. São normalmente edifícios grandes, com muitos trabalhadores. São locais movimentados, por serem muito procurados para consultas. Já fui levada em espírito, quando meu corpo físico dormia, para conhecê-los. Pelo que me lembro, são lugares muito bonitos.

Quantos livros você já escreveu? Quais os espíritos que se manifestam? Cada um deles fala sobre um assunto específico ou não?

Estamos totalizando quarenta livros. Meu mentor espiritual é Antônio Carlos, que escreveu a maioria deles. Psicografei também com a minha sobrinha Patrícia, que me ditou quatro obras e deu sua carreira por encerrada, pois achou que passou aos encarnados tudo o que queria. Hoje, Patrícia estuda e trabalha em uma colônia de estudos e não tem vindo mais ao material. Também já fizemos livros com Amigos diversos e com Rosângela; cada um tem seu estilo e modo de trabalhar.

Qual a relação entre drogas e suicídio no mundo espiritual?

Todas as vezes que danificamos um corpo sadio, seja por excesso de alimentos, tabaco ou álcool, podemos adoecê-lo e abreviar anos da existência encarnada. Tóxicos fazem muito mal ao corpo físico. O usuário de drogas que desencarna por usá-las pode ser considerado, no plano espiritual, um suicida inconsciente. Tóxico é veneno, e todo veneno mata.

Como você encara o espiritismo? Como uma religião, uma ciência ou um misto dos dois?

Espiritismo é uma religião que caminha junto à ciência. Por isso é que dizemos que ela nos dá uma fé raciocinada: compreendemos o que acreditamos.

É cada vez maior o número de mensagens de espíritos e comunicações sobre a vida após a morte. Por que você acha que isso está acorrendo?

A maioria das pessoas está procurando entender a vida como una. Ao ter o corpo carnal morto, sobrevivemos porque temos uma individualidade. Onde o desencarnado estiver, pensará nos que ficaram, e muitos têm tentado alertar, contar o que encontraram no plano espiritual aos que permaneceram ainda no plano físico. E muitos encarnados têm aceitado e compreendido por se acharem maduros, preparados para isso.

Muitos encarnados estariam se aproveitando, mentindo sobre as mensagens espirituais que recebem, seja lá qual for o objetivo?

Há abuso em tudo; infelizmente, nas religiões também. Pessoas sem preparo têm agido erroneamente, transcrevendo mensagens sem estudo e treino. Muitos o fazem com o intuito de simplesmente aparecer. Vejo isso com tristeza. Não se faz um trabalho sério sem os requisitos que citei.

Fala-se cada vez mais de extraterrestres convivendo e trabalhando com espíritos para atuar no mundo físico…

Nunca vi um extraterrestre e sei pouco sobre isso.

Como você vê o espiritismo hoje? Está mais organizado, mais forte e atuante?

Atualmente, o espiritismo está mais respeitado e conhecido. Para ficar mais fortalecido, devemos fazer, sempre, um trabalho organizado, usando o bem da doutrina espírita. Temos de nos aprimorar sempre e caminhar rumo ao progresso. Esperamos que os espíritas sejam cada vez mais honestos e que façam cada um o que lhes compete com amor.

Fonte: Revista Espiritismo & Ciência

QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA

12 maio 2009

SOFRIMENTO



















Vou lhes contar uma história que li ou ouvi em algum lugar. Vou contá-la do meu modo. Certa vez, por uma estrada suja e pedregosa, em um lugar deprimente e lúgubre, marchava uma longa fila de condenados que carregavam cruzes muito grandes e pesadas. Lá iam eles, caindo aqui, caindo ali, suados e ofegantes, mas forçados pelos guardas a caminharem sempre para frente. Na procissão dolorosa, ouviam-se gemidos lamentosos e o pranto era uma constante.
Os guardas severos, entretanto, insistiam que a caminhada continuasse. A revolta maior dosprisioneiros era não saberem com clareza por que deveriam levar aquelas cruzes e qual o motivo de suas penas.

Entre os desgraçados, porém, havia um que, se julgando muito esperto,
cautelosamente, cortou um pedaço da sua cruz. Um dos guardas viu o que ele zazia, mas nada disse. Não entendendo o que acontecera, ele imaginou que o guarda houvesse ficado com medo dele ou a ele fosse simpático por motivos que lhe eram desconhecidos.
Continuou a caminhar e, mais ousado, cortou um outro pedaço de sua cruz. Um segundo guarda viu, e agiu do mesmo modo que o primeiro. Os guardas, por certo, não eram tão severos quanto pareciam, pensava ele, e assim, foi cortando a sua cruz até que ela ficou bem reduzida e ele a carregava com grande facilidade, enquanto os outrosprosseguiam gemendo e chorando sob o peso de suas cruzes.
O cortejo seguiu e, a uma certa altura, as condições do caminho começaram a melhorar bastante: a luz do sol, até então ausente, surgiu, penetrando a densa neblina cinzenta, trazendo agradável sensação de calor. O cheiro nauseante de lodo e flores mortas passou a ser levado pela brisa mansa que soprava suave e, em lugar dele, vinha um odor gostoso de manacá no fim de tarde. De repente, chegaram a um platô muito alto de onde se podia avistar, lá em baixo, um vale muito verde e maravilhosamente florido no qual se viam pessoas felizes cantando e dançando. Um som doce de flauta espalhava-se pelo ar e chegava aos ouvidos dos prisioneiros. O grupo parou e, por instantes, contemplou a paisagem paradisíaca. Todos estavam ansiosos para chegarem àquele lugar maravilhoso. Havia, entretanto, entre o platô e o vale, um abismo pavoroso.
O chefe dos guardas, então, disse que os prisioneiros deveriam colocar as suas cruzes no espaço entre os dois lugares para que servissem de ponte. Cada um deles foi colocando a sua cruz e, felizes, atravessavam para o outro lado. Porém, o homem que h avia cortado a sua cruz não pode fazer como os outros e, frustrado, sentou-se no chão e começou a chorar. O chefe dos guardas falou então:
"Meu amigo, volte lá no princípio do caminho, tome a sua cruz e recomece."

Sofrimento não é um castigo como se pensa, mas um instrumento de redenção. A dor é a mestra da vida, como nos disse Musset, e nós, seus eternos alunos. Com ela, diz Anatole France, aprendemos a compaixão e todas as virtudes. Crescemos com ela e nos humanizamos por meio dela. Já se tornou uma espécie de lugar comum, nos meios espíritas, as pessoas dizerem que há dois modos de se chegar ao Espiritismo: pelo amor e pela dor, e concluem que o modo mais comum é a dor.

Texto extraído do livro Qualidade de vida e espiritismo
Autor: José Carlos Leal

"Não deixemos que isto aconteça conosco ou com quem esteja perto de nós, façamos a diferença, tomemos uma atitude, pois o bem que fazemos aos outros é o bem que fazemos a nós mesmos."

11 maio 2009

ANTES DO BERÇO

Antes do berço, na Espiritualidade, examinando suas próprias necessidades de aperfeiçoamento terá você pedido:
A deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;
a enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;
essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;
determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;
o complexo psicológico que lhe renove as idéias;
o lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;
o traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer inquietações de orgulho;
o reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo resgate de antigos débitos;
a impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a frenar-se contra desmandos intelectuais;
internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.
Aceite as dificuldades e desafios da existência, porque, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Respostas da Vida. Ditado pelo Espírito André Luiz. Capítulo 14. IDEAL.
* * * Estude Kardec * * *

A MARCHA



“Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte.”
Jesus. (Lucas, 13.33
Importa seguir sempre, em busca da edificação espiritual definitiva. Indispensável caminhar, vencendo obstáculos e sombras, transformando todas as dores e dificuldades em degraus de ascensão.Traçando o seu programa, referia-se Jesus à marcha na direção de Jerusalém, onde o esperava a derradeira glorificação pelo martírio. Podemos aplicar, porém, o ensinamento as nossas experiências incessantes no roteiro da Jerusalém de nossos testemunhos redentores.
É imprescindível, todavia, esclarecer a característica dessa jornada para a aquisição dos bens eternos.
Acreditam muitos que caminhar é invadir as situações de evidência no mundo, conquistando posições de destaque transitório ou trazendo as mais vastas expressões financeiras ao círculo pessoal.
Entretanto, não é isso.
Nesse particular, os chamados “homens de rotina” talvez detenham maiores probabilidades a seu favor.
A personalidade dominante, em situações efêmeras, tem a marcha inçada de perigos, de responsabilidades complexas, de ameaças atrozes. A sensação de altura aumenta a sensação de queda.
É preciso caminhar sempre, mas a jornada compete ao Espírito eterno, no terreno das conquistas interiores.

BEZERRA E A JUVENTUDE ESPÍRITA

1. Qual a importância da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil na formação da Sociedade do Terceiro Milênio?

Reconhecendo-se no Espiritismo evangélico a presença do Consolador, do Paracleto, consoante as promessas de Jesus, disseminando por toda a Terra as luzes cristalinas da Verdade e despertando a consciência humana para a era porvindoura de uma autêntica compreensão espiritual da Vida, não é difícil entender-lhe a abençoada missão evangelizadora do mundo com vistas ao futuro onde as mais sublimes esperanças de felicidade na Terra se concretizarão.
Considerando-se, naturalmente, a criança como o porvir acenando-nos agora, e o jovem como o adulto de amanhã, não podemos, sem graves comprometimentos espirituais, sonegar-lhes a educação, as luzes do Evangelho de Nosso Senhor Jesus-Cristo, fazendo brilhar em seus corações as excelências das lições do excelso Mestre com vistas à transformação das sociedades terrestres para uma nova Humanidade.
O momento que atravessamos no mundo é difícil e sombrio, enquanto as sociedades terrestres necessitam, mais e mais, dos tocheiros do Evangelho, a fim de que não se percam nos meandros do mal ou resvalem nos penhascos do crime os corações menos experientes e as almas desavisadas. O sublime ministério da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil nos pede prosseguir e avançar.
Nestes anos de transição que nos separam de novo milênio terrestre, é imprescindível abracemos, com empenho e afinco, a tarefa da evangelização junto às almas infanto-juvenis, tão carentes de amor e sabedoria, porém, receptivas e propícias aos novos ensinamentos. E isto, com a mesma ansiedade e presteza com que o agricultor cedo acorda para o arroteamento do solo, preparando a sementeira de suas esperanças para abundantes messes da colheita pretendida.
Assim, faz-se inadiável buscarmos os serviços que nos competem junto à evangelização da criança e do jovem para que as comunidades terrestres, edificadas em Jesus, adentrem o Terceiro Milênio como alicerces ótimos de uma nova civilização que espelhe, no mundo, o Reino de Deus.

2. Com que intensidade o Plano Espiritual tem apoiado o Movimento de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil? Como isto se opera?

A missão educativa do Espiritismo às almas é tarefa por demais intensa, contínua e crescente, buscando revelar a verdadeira luz e estimulando a fé junto aos panoramas regenerativos da Terra, onde somente um Mestre, que é Jesus, há de inspirar cada criatura em sua própria iluminação.
Assim sendo, sem improvisações, mas obedientes aos ditames dos Planos Superiores da Vida, entrevemos legiões de obreiros espirituais insinuando e sugerindo, orientando e estimulando, convocando e determinando, dirigindo e comandando, participando e servindo, diretamente, no seio da evangelização, notadamente de crianças e jovens, que representam esperanças dos céus nos jardins da Vida.
Mas, é importante salientar que o plano espiritual somando esforços ao trabalho perseverante dos companheiros encarnados conta, sobretudo, com a fidelidade dos servidores a Jesus, uma vez que na base do êxito almejado permanece a fiel observância das lições evangélicas, sob os ditames do amor incondicional.

3. Como os Espíritos Superiores estão vendo a participação dos companheiros encarnadas nas tarefas da Evangelização Espírita Infanfo-Juvenil?

Conquanto os operários da gleba humana disponham de livre-arbítrio bastante para debandar ou desertar, esquecer ou adiar compromissos assumidos com a Vida, anotamos, com júbilos imensos, a excelente caravana de denodados lidadores da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, de corações voltados para um melhor desempenho, coesos no interesse de sempre produzir o máximo pela dedicação de todos os dias. São companheiros jovens ou adultos, de ambos os sexos, afanosos, idealistas, conscientizados cada vez mais de que a obra não nos pertence, mas sim ao Mestre Amado que, por misericórdia, utiliza a todos por instrumentos de iluminação do mundo.
É notório que a especialidade da tarefa não se compraz com improvisações descabidas, tão logo a experiência aponte o melhor e o mais rendoso, razão pela qual os servidores integrados na evangelização devem buscar, continuamente, a atualização de conteúdos e procedimentos didático-pedagógicos, visando a um melhor rendimento, em face da economia da vida na trajetória da existência, considerando-se que, de fato, os tempos são chegados...

4. Como os Espíritos situam, no conjunto das atividades da Instituição Espírita, a tarefa da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil?

Tem sido enfatizado, quanto possível, que a tarefa da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil é do mais alto significado dentre as atividades desenvolvidas pelas Instituições Espíritas, na sua ampla e valiosa programação de apoio à obra educativa do homem. Não fosse a evangelização, o Espiritismo, distante de sua feição evangélica, perderia sua missão de Consolador, renteando-se com a diversidade das escolas religiosas no mundo que, embora úteis e oportunas, estiolaram-se no tempo absorvendo posições de terminalidade e dogmatismo.
É forçoso reconhecer que Espiritismo sem aprimoramento moral, sem evangelização do homem é como um templo sem luz.
Já tivemos oportunidade de lembrar que uma Instituição Espírita representa uma equipe de Jesus em ação e, como tal, deverá concretizar seus sublimes programas de iluminação das almas, dedicando-se com todo empenho à evangelização da infância e da mocidade.

5. Quais seriam as condições essenciais para que alguém possa desempenhar a tarefa da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil?

Nas bases de todo programa educativo o amor é a pedra angular favorecendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação, uma vez que no trato com a criança e o jovem o esforço renovador pela evangelização jamais prescindirá da força da exemplificação para quem ensina.
Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
É justo pois que o evangelizador deva estudar e rever, quanto possível, todos os ensinos da Verdade granjeando meios de descortinar caminhos de libertação espiritual para quantos se lhe abeirem do coração dadivoso.

6. Que papel cabe aos espíritas que não atuam diretamente na Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, no crescimento e maior êxito desta tarefa?

Todos os espíritas engajados realmente nas fileiras da fé raciocinada quão atuante devem estar, de certo modo, empenhados na tarefa da evangelização que é, sem dúvida, o sublime objetivo da Doutrina Espírita. Naturalmente que uns estarão com participação direta e maior soma de esforços, enquanto outros permanecerão servindo em outras leiras, porém todos deverão estar voltados para um mesmo alvo comum — a redenção do homem.
Desta forma nada mais recomendável que a solidariedade de propósitos na escola de almas onde todos nos matriculamos.
Os responsáveis pelos Centros, Grupos, Casas ou Núcleos espiritistas devem mobilizar o maior empenho e incentivo, envidando todos os esforços para que a evangelização de crianças e jovens faça evidenciar os valores da fé e da moral nas gerações novas. É necessário que a vejam com simpatia como um trabalho integrado nos objetivos da Instituição e jamais como atividade à parte.
O Movimento Espírita, acompanhando a dinâmica progressiva da própria Doutrina, já vem deixando longe os primeiros tempos das reuniões somente para adultos, com características próprias, fechadas... Hoje se busca, sobremodo, oferecer o conhecimento iluminador à criança e ao jovem, facilitando-lhes a renovação da mentalidade quanto à renovação do caráter com vistas ao futuro do mundo, aprisco e Reino do Senhor.
A Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, assim, vem concitar a todos para um trabalho árduo e promissor, no campo da implantação das idéias libertadoras, a que fomos chamados a servir, pela vitória do conhecimento superior e pela conquista da Vida Maior.

7. Que orientação os Amigos Espirituais dariam aos pais espíritas em relação ao encaminhamento dos filhos à Escola de Evangelização dos Centros Espíritas?

Conquanto seja o lar a escola por excelência onde a criatura deva receber os mais amplos favores da educação, burilando-lhe o sentimento e o caráter, não desconhecemos a imperiosidade de os pais buscarem noutras instituições sociais o justo apoio à educação da prole; e, assim, deverão encaminhar os filhos, no período oportuno, para as escolas do saber, viabilizando-lhes a instrução. Entretanto, jamais deverão descuidar-se de aproximá-los dos serviços da evangelização, em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem diante do porvir.
Há pais espíritas que, erroneamente, têm deixado, em nome da liberdade e do livre-arbítrio, que os filhos avancem na idade cronológica para então escolherem este ou aquele caminho religioso que lhes complementem a conquista educativa no mundo. Tal medida tem gerado sofrimento e desespero, luto e mágoa, inconformação e dor. Porque, uma vez perdido o ensejo educativo na idade propícia à sementeira evangélica, os corações se mostram endurecidos, qual terra ressequida, árida, rebelde ao bom plantio, desperdiçando-se valioso período de ajuda e orientação. É então que somente a dor, a duros golpes provacionais, poderá despertar para refazer e construir.

8. Que recursos os Amigos Espirituais poderiam sugerir com vistas à dinamização da tarefa de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil?

Os serviços da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil vêm caminhando consoante seu ritmo próprio, segundo as possibilidades de seus colaboradores e dentro da amplitude da gleba favorável.
Entretanto, renovando-se a mentalidade dos adultos, sejam eles pais ou preceptores, diretores de Instituições ou servidores do Movimento espírita, com esclarecimentos sobre a importância e necessidade da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, haverá uma notável aceleração, uma ampliação mais sensível das tarefas previstas.
Por esse motivo, são tão necessárias as campanhas de esclarecimento junto à família cristã, às Instituições Espíritas, como também aos próprios evangelizadores.
Não há dúvida de que, crescendo a demanda, se aprestarão novos colaboradores para a ampliação das legiões evangélicas de encarnados e desencarnados, às quais não faltarão os recursos da fé e as inspirações do Mais Alto para que se efetivem as semeaduras da luz.
Por outro lado, o apoio dos novos métodos de ensino, na dinâmica pedagógica dos tempos atuais, ensejará ajuda, estímulo e segurança ao Movimento Espírita de Evangelização de crianças e de jovens, onde professores, educadores e leigos, de corações entrelaçados no objetivo comum, continuarão a recolher dos Planos Acima a inspiração precisa para conduzirem com acerto, maestria e objetividade a nobilitante tarefa que lhes foi confiada em nome do Amor.

9. Qual o papel da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil na expansão do Movimento Espírita brasileiro?

Sem dúvida alguma, a expansão do Movimento Espírita no Brasil, em número e em qualidade, está assentada na participação da criança e do jovem, naturais continuadores da causa e do ideal. Preparando-o convenientemente para o porvir, aformoseando-lhes uma nova mentalidade cristã, será o mesmo que fornece-lhes recursos de crescimento para a responsabilidade e para o dever, na conquista de si mesmos.
Entendemos que somente assim a Evangelização Espírita Infanto-Juvenil estará atingindo seu abençoado desiderato, não apenas pela expansão do Espiritismo no Brasil, mas, sobretudo, contribuindo para a formação do homem evangelizado que há de penetrar a alvorada de um novo milênio de alma liberta e coração devotado à construção de sua própria felicidade.

10. Como o Plano Espiritual vê a colaboração que o Brasil vem oferecendo a outros países na área da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil?

Inegavelmente o Brasil se tem evidenciado como o grande celeiro do Evangelho nos dias atuais e, por sua destinação histórico-espiritual, há de espelhar, em favor do mundo, as belezas evangélicas trabalhando a alma de seu povo, com vistas à nova civilização do Terceiro Milênio.
Correm informações e previsões abençoadas, nas tradições espirituais, quanto ao transplante da árvore do Evangelho do coração cansado da Velha Europa para o regaço acolhedor e juvenil da Pátria do Cruzeiro.
Assim sendo, toda colaboração, em nome da fraternidade e da fé, que o Movimento Espírita brasileiro possa oferecer aos países irmãos, nada mais será que efetiva obediência aos programas com que o Mais Alto tem distinguido o Brasil no concerto fraternal das nações.
Compreendemos que a grandiosa tarefa da divulgação evangélica junto à criança e ao moço, mobilizando novos cooperadores nos países irmãos, é ação por demais gigantesca de que o Brasil jamais desertará.
Não é, pois, sem júbilos imensos que o Planeta Espiritual tem acompanhado a multiplicação dos primeiros esforços, o lançamento das primeiras sementinhas da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, que o Brasil, nossa Pátria do Evangelho, tem mobilizado junto à ambiência acolhedora de outras pátrias irmãs.

11. Algo mais a ser dito?

Filhos,
Roguemos a Jesus pela obra que prossegue sob o divino amparo.
Que não haja desânimo nem apressamento mas, acima de tudo, equilíbrio e amor. Muito amor e devotamento!
A Evangelização Espírita Infanto-Juvenil amplia-se como um sol benfazejo abençoando os campos ao alvorecer.
O próprio serviço, sem palavras articuladas, mas à luz da experiência, falará conosco sobre quaisquer alterações que se façam necessárias, enquanto, no sustento da prece, estabeleceremos o conúbio de forças com o Alto, de modo a nos sentirmos amparados pelas inspirações do bem.
De tempos em tempos ser-nos-á necessário uma pausa avaliativa para revermos a extensão e a qualidade dos serviços prestados e das tarefas realizadas. Somente assim podemos verificar o melhor rendimento de nossos propósitos.
Unamo-nos, que a tarefa é de todos nós. Somente a união nos proporciona forças para o cumprimento de nossos serviços, trazendo a fraternidade por lema e a humildade por garantia do êxito.
Com Jesus nos empreendimentos do Amor e com Kardec na força da Verdade, teremos toda orientação aos nossos passos, todo equilíbrio à nossa conduta.
Irmanemo-nos no sublime ministério da evangelização de almas e caminhemos adiante, avançando com otimismo.
Os amigos e companheiros desencarnados podem inspirar e sugerir, alertar e esclarecer, mas é necessário reconhecermos que a oportunidade do trabalho efetivo é ensejo bendito junto aos que desfrutam a bênção da reencarnação.
Jesus aguarda!
Cooperemos com o Cristo na evangelização do Homem. Paz!
Bezerra
(Mensagem recebida pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, em sessão pública no dia 2-8-2982, na Casa Espírita Cristã, em Vila Velha, Espírito Santo.)

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