19 novembro 2010

AUXILIO EFICIENTE

O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.
Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.
Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.
Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.
E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.
A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.
O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.
O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.
De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.
Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo.
Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.
Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam dEle, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.
Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.

  Francisco Cândido Xavier. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel

14 novembro 2010

AS GUERRAS E VOCÊ

Você aprova as guerras?
Se alguém lhe fizesse uma pergunta dessas, por certo você ficaria indignado com tanta ousadia, e diria que não compactua com esse tipo de violência.
No entanto, num ponto você há de concordar: que se vivêssemos num mundo pacífico, as guerras não existiriam, não é verdade?
Pois bem, você já pensou que as grandes guerras podem ser apenas a conseqüência das pequenas guerras que alimentamos no dia-a-dia?
A explosão de um conflito maior pode ser comparada à erupção de um vulcão, que libera as lavas para não provocar abalos maiores e mais prejudiciais ao planeta.
Uma guerra é como uma panela de pressão que estoura porque não consegue suportar as forças que pressionam seu interior.
Assim, quando nos irritamos violentamente com alguém ou com alguma coisa, jogamos na atmosfera uma carga energética de péssimo teor, que contribuirá para a eclosão de guerras, mais cedo ou mais tarde.
Essas forças permanecem na atmosfera espiritual da terra e vão se somando a outras tantas, liberadas por aqueles que se permitem pequenas ou grandes explosões de ira e de ódio.
É assim que vamos formando uma reserva de violência tão grande, que um dia acaba por explodir e causar danos a milhares de pessoas.
Dizem os espíritos superiores que assim é. E que essas reservas de vibrações violentas só podem ser anuladas por uma força contrária chamada amor.
Portanto, se não quisermos mais alimentar guerras, devemos educar-nos para a paz.
E a paz deve começar em nossa intimidade.
Quando não revidamos uma ofensa, estamos ajudando a construir a paz.
Quando não aceitamos uma provocação da violência, estamos dando nossa contribuição para que a paz possa ser construída.
Quando calamos uma palavra de irritação, contribuímos com a paz mundial.
Quando apagamos uma faísca de ira que insiste em eclodir de nossa alma, fomentamos a paz.
Quando repelimos com o amor uma insinuação da revolta, ajudamos a pacificar o mundo.
Quando, enfim, nos inundarmos de paz, conseguiremos aplacar o ódio de milhões e acabar com as guerras, por falta de alimento.
Essa é a única maneira de sermos, efetivamente, contrários aos conflitos cruéis que degradam a humanidade e a infelicitam.
Você sabia?
Que a Terra está no segundo degrau da escala evolutiva dos mundos?
O nosso é um planeta de provas e expiações e é por isso que Jesus afirmou que a felicidade não é deste mundo.
A felicidade deve ser construída, e só haverá verdadeira felicidade quando não houver mais conflitos degradantes entre os povos.
Os mundos estão sujeitos à lei de progresso, e, à medida que seus habitantes evoluem, transformam os mundos em que vivem.
Foi por essa razão que o Cristo afirmou que os brandos e pacíficos herdarão a terra. Nada mais justo, pois colherão os frutos da própria semeadura.

Redação do Momento Espírita

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