24 julho 2010

DIARIAMENTE


Todos os dias, o médium será chamado a inevitáveis e difíceis testemunhos, algumas vezes, dolorosos, porque envolvem, inclusive, situações criadas pelos próprios amigos.
Desde que comecei na mediunidade, não me vi um só dia sem luta, em face da incompreensão e da intolerância dos que tinham os seus interesses contrariados.
Diziam agir em defesa da Doutrina, mas estavam na defesa de seus próprios interesses.
De modo geral, o homem, quando se sente contrariado em seus interesses, transfigura-se em fera e age inconseqüentemente.
Nem sequer chega a considerar a possibilidade de que está errado ...
Então, de fato, o médium tem que estar preparado para não sucumbir ao desânimo, à ingratidão e à injustiça.
Ao longo da História, tem sido assim com todos aos quais foram confiadas determinadas responsabilidades no campo da emancipação do pensamento.
O médium que passa incólume é aquele que não trabalha e não se expõe.
Há muitas forças em jogo: inveja, ciúme ...
Conheci muitos irmãos da mediunidade que, em não suportando a pressão, recuaram.
Depois, com o passar do tempo, se arrependeram.
Sim, porquanto os críticos impiedosos e contumazes vão ficando para trás ...
Somente o fruto do trabalho permanece.

Texto retirado do site reflexão espirita

22 julho 2010

Ciladas

Na trajetória humana em favor do desenvolvimento moral e intelectual, o Espírito, não poucas vezes, defronta armadilhas bem urdidas, nas quais tomba, de maneira irreversível, comprometendo-se por largo período...
Constituem testes à resistência moral de todo jornadeiro que se aprimora através das experiências da evolução.
Ninguém, que desempenhe funções ou papéis relevantes, que não seja surpreendido por esses mecanismos perigosos que lhe põem à prova a capacidade mental e as resistências morais.
Sutis, algumas vezes, apresentam-se como dourados atrativos que seduzem e terminam por envilecer o caráter de quem lhes aquiesce ao convite.
Noutras ocasiões, surgem de inopino, ameaçadoras e voluptuosas, surpreendendo e obrigando as vítimas a capitular, inermes, interrompendo o ritmo do ideal, da conduta, do trabalho a que se afervoram.
Algumas anunciam favores e glórias fascinantes que atingem a sensibilidade emocional, levando a paixões de afetividade doentia...
Inúmeras outras assumem o odioso aspecto da animosidade e da perseguição inclemente e gratuita, que termina por desestruturar aquele que lhe padece o cerco.
Normalmente, fazem-se insinuantes e agradáveis, sem aparente malícia nem mácula, culminando pelo envolvimento daquele que se permite fascinar pelo engodo de que se revestem.
Semelhante ao que ocorre com os insetos colhidos nas malhas brilhantes da teia de aranha que os espreita, a fim de devorá-los depois, logra êxito em razão dos fios viscosos e de aparência inocente que retêm as presas incautas, impossibilitadas de qualquer forma de libertação.
Existem  ciladas licenciosas, vulgares, insensatas, em que muitos corações gentis e dóceis se enleiam, comprazendo-se, irresponsavelmente, no comportamento divertido que se torna chulo e perturbador.
Diversas outras são refinadas e trabalham a presunção do indivíduo invigilante, afastando-o do convívio social saudável que parece asfixiá-lo, isolando-o na alienação da falsa autossuficiência...
As ciladas constituem recursos perturbadores durante a experiência humana que têm a finalidade de proporcionar a aquisição de resistências espirituais e de valores pessoais ao indivíduo, mediante os quais o Espírito se enriquece de sabedoria.
Todos os seres humanos, de uma ou de outra maneira, experimentam-nas durante a vilegiatura terrestre.

 Divaldo Pereira Franco ,ditado pelo Espírito Joanna de Angelis.

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