23 abril 2014

O TEU DOM


"Não desprezes o dom que há em ti" - Paulo. (I TIMÓTEO, 4:14.)
Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros dominados por nocivas inquietações.
O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais ventilados, esquecendo- se, não raro, o impositivo essencial do serviço.
Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.
É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já recebidas, a fim de que possamos solicitar concessões novas.
Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons do Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los, a benefício de todos, em nome do Divino Doador. Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é a obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador se impõe certa particularidade de serviço.
Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz da comunidade.
Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem.
Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do Mestre, em qualquer parte.
Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização dos Celestes Desígnios.
Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial para o intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto de vista fenomênico. Se suspiras pela comunicação franca com os espíritos desencarnados, lembra-te de que também és um espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.
 Francisco Cândido Xavier. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 127.

22 abril 2014

DIANTE DA MORTE


Quando nos deparamos com a morte, temos a sensação, da separação, de abandono, de desespero, de perda, enfim de todo tipo de sentimento quase humanamente impossível de descrever. Podemos dizer que nossa passagem pela Terra nesta encarnação, chegou na sua transição, é claro que  a dor da separação mesmo sabendo-se que momentanea, é indescritível, temos a certeza de que nossos protetores e irmãos espirituais nos trarão a seu devido tempo  a paz para continuar no caminho que muitas vezes nos parece o mais difícil, o mais sacrificante, mas independente de como lidamos com esta dor, o amparo espiritual é totalmente preparado até mesmo antes do ocorrido.
Diante da certeza da grandeza de Deus e de sua infinita bondade, procurar evitar a todo custo pensamentos e palavras em que possa afastar aqueles que de alguma forma estão tentando amenizar esta dor, nossos protetores. 
Estas perguntas e respostas foram retiradas do Livro dos Espíritos de Kardec.
 


149 Em que se torna a alma logo após a morte?
– Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que havia deixado temporariamente.

154 O corpo ou a alma sente alguma dor no momento da morte?
– Não; o corpo sofre muitas vezes mais durante a vida do que no momento da morte: a alma não toma nenhuma parte nisso. Os sofrimentos que às vezes ocorrem no momento da morte são uma alegria para o Espírito, que vê chegar o fim de seu exílio.

155 a A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
– Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o retinham no corpo físico: eles se desatam, não se quebram.

Durante a vida, o Espírito se encontra preso ao corpo por seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é apenas a destruição do corpo e não do perispírito, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; opera-se gradualmente e com uma lentidão muito variável, conforme os indivíduos. Para uns é bastante rápido e pode-se dizer que o momento da morte é ao mesmo instante o da libertação, quase imediata. Mas, para outros, aqueles cuja vida foi extremamente material e sensual, o desprendimento é mais demorado e dura algumas vezes dias, semanas e até mesmo meses. Isso sem que haja no corpo a menor vitalidade nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre corpo e Espírito, afinidade que sempre se dá em razão da importância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É racional conceber, de fato, que quanto mais o Espírito se identifica com a matéria, mais sofre ao se separar dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, a elevação de pensamentos, operam um início do desprendimento mesmo durante a vida do corpo, de tal forma que, quando a morte chega, o desprendimento é quase instantâneo. Esse é o resultado de estudos feitos em todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações ainda provaram que a afinidade que em alguns indivíduos persiste entre a alma e o corpo é, algumas vezes, muito dolorosa, visto que o Espírito pode sentir o horror da decomposição. Esse caso é excepcional e particular para certos gêneros de vida e certos gêneros de morte; verifica-se entre alguns suicidas.


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