Caracterizam-se
pelo verbalismo exagerado, quando utilizando a instrumentalidade mediúnica. Em
arroubos dourados comentam, prolixos, os mais variados temas, não obstante
chegarem a conclusão nenhuma. Cultores da própria vaidade, comprazem-se em
estimular o fanatismo exacerbado, utilizando a palavra com habilidade, através
de cujo recurso encorajam os sentimentos infelizes do orgulho entre os seus
ouvintes, cumulando-os de referências pomposas embora vazias de significação.
Quando se lhes solicitam esclarecimento ou permitem interrogações à cata de
informes com os quais seja possível aquilatar-lhes a evolução, rebelam-se
ferozes, dizendo-se feridos nos valores que a si se atribuem, traindo a
inferioridade em que se demoram.
Arrogantes,
estimam a ignorância presunçosa dominadores e arbitrários, com altas doses de
empáfia com que se jactam guias e condutores. Outras vezes arremetem-se pela
seara do profetismo sensacionalista, enveredando pelo terreno das fantasias,
tão do gosto da frivolidade ou da ingenuidade de grande cópia das criaturas
humanas. Tecem comentários vastos sobre a vida em outros planetas, discorrendo,
levianos, temas controvertidos nos quais, sejam quais forem as conclusões da
honesta investigação do futuro, dispõem de válvulas para escapatórias vulgares.
Pseudosábios conforme os denominou o Codificador do Espiritismo, quando se
percebem suspeitos ante os que os ouvem, não se constrangem de utilizar nomes
que exornaram personalidades históricas, sábios ou santos para melhor enganarem
os espíritos invigilantes, embora encarnados, que se comprazem na ilusão,
distantes da responsabilidade pessoal e intransferível da tarefa de renovação
interior.