13 dezembro 2011

UMBRAL (FICÇÃO OU REALIDADE?)

O umbral
Localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos que vai do solo terrestre até a algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera.
É descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante. Para alguns espíritos é uma região terrível e horripilante. Para outros é o local onde optaram viver. A vegetação vária de acordo com a região do Umbral. Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas. As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca folhagem. Existem também áreas desertas, locais rochosos, e lugares de vegetação rasteira composta de ervas e capim. É possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza. No Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na Terra.
Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes. Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que outras. Todas possuem espíritos lideres que são chamados de diversos nomes: chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis, etc. São espíritos inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal. São estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de liderança.
Há grupos de pessoas nas cidades que trabalham para os chefes. Acreditam ter liberdade e muitas vezes gostam de servirem seu chefe na ansiedade pelo poder e status. Consideram-se livres, mas na verdade não o são, ao menor erro ou na tentativa de fugir são duramente punidos.
Existem os espíritos escravos que vivem nas cidades realizando trabalho e mantendo sua estrutura sem receberem nada em troca além da possibilidade de lá morarem. São duramente castigados quando desobedecem e vivem cercados pelo medo imposto pelo chefe da cidade.
As cidades possuem construções semelhantes as que encontramos nas cidades da Terra. As maiores construções são de propriedade do chefe e de seus protegidos. Sempre existem locais grandiosos para festas, e local para realização de julgamentos dos que lá habitam. Em cada cidade existem leis diferentes especificadas pelos seus lideres. Lá também encontramos bibliotecas recheadas de livros dedicados a tudo que de mal e negativo possa existir. Muitos livros e revistas publicados na Terra são encontrado lá, principalmente os de conteúdo pornográfico.
Pode-se se perguntar. Porque é permitido que existam estes chefes e desta estrutura negativa de tanto sofrimento? Deus nos permite tudo, ele nos deu o livre arbítrio. O homem tem total liberdade para fazer tudo de ruim ou tudo de bom. Quando faz ou constrói algo de ruim acaba se prejudicando com isso e aos poucos, com o passar de anos ou de séculos vai aprendendo que o único caminho para a libertação do sofrimento e da felicidade plena é a prática do bem. A vida na Terra e no Umbral funcionam como grandes escolas onde aprendemos no amor ou na dor.
Ninguém vai para o UMBRAL por castigo. A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta a sua vibração espiritual. Quando deseja melhorar existe quem ajude. Quando não deseja melhorar fica no lugar em que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores. Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus mundos.
Além das cidades encontramos o que é chamado de Núcleos. Não constitui uma cidade organizada como conhecemos, mas se trata de um agrupamento de espíritos semelhantes. Os grupamentos maiores e mais conhecidos são os dos suicidas. Estes núcleos são encontrados nas regiões
montanhosas, nos abismos e vales. Por serem espíritos perturbados são considerados inúteis pelos habitantes do Umbral e por isto não são aceitos e nem levados para as cidades em volta. Os vales dos suicidas são muito visitados por espíritos bons e ruins. Os bons tentam resgatar aqueles que desejam sair dali por terem se arrependido com sinceridade do que fizeram. Os espíritos ruins fazem suas visitas para se divertirem, para zombarem ou para maltratarem inimigos que lá se encontram em desespero. Não é difícil imaginar um local com centenas de milhares de pessoas que cometeram suicídio, todas ali unidas, sem entender o que está acontecendo já que não estão mortas como desejariam estar.
Existem os núcleos de drogados onde também existem pequenas cidades. Existem algumas poucas cidades de drogados de porte grande no Umbral. Realizam-se grandes festas e são cidades movimentadas. Existem relatos psicografados sobre uma região de drogados chamada de Vale das Bonecas e cidades como a de Tongo que é liderada por um Rei. Para todo tipo de vício da carne existem cidades e núcleos de viciados. Por exemplo, existem cidades de alcoólatras ou de compulsivos sexuais. Todos os viciados costumam visitar o planeta Terra em bandos para sugarem as energias prazerosas dos vivos que possuem os mesmos vícios.
É comum a existência de núcleos de marginais. Locais onde estão reunidos assaltantes, assassinos, ladrões, traficantes, e outros tipos de criminosos em sintonia mútua.
Nas regiões fora das cidades e longe dos núcleos encontramos andarilhos solitários, espíritos considerados inúteis até pelos povos de cidades e núcleos do Umbral.
Grandes tempestades de chuva e raios ocorrem em todo Umbral. Tem importante função de limpar os excessos de energias negativas acumuladas no solo e no ar, tornando o ambiente menos insuportável aos seus habitantes.
As cidades, tribos e vilarejos do Umbral normalmente possuem chefes ou lideres. São pessoas inteligentes com capacidade de liderança que costumam controlar, dominar e explorar as almas que nestas cidades residem. Como pode ver não é muito diferente da vida aqui na Terra onde temos exploradores e explorados. Exercem seu controle a partir do medo, das mentiras, da escravidão, de regras rígidas e violência. Algumas sabem que estão no Umbral e sabem que trabalham pelo mal das pessoas. Seu reinado não dura muito tempo já que espíritos superiores trabalham para convencer sobre o mal que faz a si mesmo fazendo o mal aos outros. É comum que estes “chefes” desapareçam inesperadamente destas cidades por terem sido resgatados por bons Samaritanos em sua missão. Em pouco tempo uma nova liderança acaba assumindo o posto de chefe nestas cidades.
As regiões umbralinas são as que mais se parecem com a Terra. Os espíritos por estarem ainda muito atrelados a vida material, por lhe faltarem informação e conhecimento acabam vivendo suas vidas como se realmente estivessem vivos. As necessidades básicas do corpo acabam se manifestando nestes espíritos. Sofrem por sentirem dores, sono, fome, sede, desejos diversos.
No Umbral encontramos grupos de pessoas que se consideram justiceiras. Coletam espíritos desorientados em hospitais, cemitérios, e no próprio umbral. Pessoas que fizeram muito mal a outras durante a vida ou em outras vidas, e pessoas que fizeram poucos amigos e por isto não tem quem as possa ajudar. Estes espíritos sedentos de vingança e de justiça feita pelas próprias mãos conseguem aprisionar e escravizar as pessoas que capturam. Acreditam que as pessoas que estão no Umbral só estão lá por merecimento. E isto não deixa de ser verdade. Mas no lugar de ajudar estas pessoas eles a maltratam por vingança e ódio pelo mal que cometeram em quanto estavam vivas.
Somente quando estas pessoas se arrependem dos erros que cometem na Terra e esquecem os sentimentos negativos que ainda nutrem é que os espíritos mais elevados conseguem se aproximar para seu resgate.

04 novembro 2011

A CONQUISTA DA SERENIDADE

Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.
Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?
A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?
Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.
Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.
E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.
Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?
A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.
Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.
Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo acontece em nossa vida.
E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de auto-educação.
A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.
E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.
Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.
Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, domina-se as emoções, tranqüiliza-se a mente.
O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.
É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.
Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.
A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.
Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.

15 outubro 2011

DEUS ESPERA QUE AMES

Se tiveres um pouco de atenção e olhares em torno de ti, encontrarás os variados meneios da vida que se reportam ao amor do nosso Criador, em cada movimento.
Em toda parte a natureza está sempre oferecendo um pouco mais à vida, em homenagem ao Grande Pai, enquanto também se enriquece de luz, de cores e de harmonia.
Se de longe vires um canteiro, onde medram flores, alcançarás somente os matizes multicores das corolas; porém, se te aproximares sentirás que, quando beijadas pela brisa, as flores exalam benfazejos perfumes, dando um pouco mais em prol da beleza terrena.
Se olhares a exuberante queda d’água, que despenca da montanha, observarás apenas um soberbo espetáculo de força e vigor. Mas, se te acercares dessa catadupa, verás um risonho arco-íris que se desenha sobre as gotículas suspensas no ar, a fim de que, ao refletir os matizes da luz, possa ofertar um pouco mais em favor da beleza planetária.
Contemplas, ao longe, a neve que inspira friagem e desolação, na branca vastidão do inverno. Se, entanto, chegares mais perto, identificarás as miríades de cristais de formosíssimas estruturas, a refletir os raios do Sol, como pequenos brilhantes pingentes em qualquer lugar, no anseio de cooperar um pouco mais no embelezamento do mundo.
Se olhares o velho tronco de árvore, apodrecido pelo tempo e abandonado, terás à frente dos olhos tão-só um poleiro inusitado de múltiplas aves, no rumo de uma antiga cerca. Entretanto, se te avizinhares, registrarás o ninho aconchegante e bem arranjado que se abriga no oco vetusto, onde os filhotes piam, ensaiando o canto do futuro, a fim de tornar mais belas as paisagens terrestres.
Se, por entre ameaçadores zumbidos, o enxame de abelhas que se agita te deixa temeroso, não consegues te dar conta do que ocorre, de fato. Ao te aproximares, entretanto, encontrarás uma sociedade organizada, com os trabalhos devidamente distribuídos, sob instintivas ordem e obediência, gerando variados produtos para si mesma e para quem mais os possa utilizar, homens e animais, de modo a dar um pouco mais para a formosura do mundo.
Enfim, para onde te voltes, perceberás sempre o louvor que se estabelece em a natureza, dirigido ao nosso Deus.
Procura viver de tal maneira, coração amigo, que possas desmentir qualquer um que, por ver-te de longe, admita que és tão-só alguém à cata de atender às necessidades imediatas, que ajudam a manter o corpo, a espécie e as propriedades que adquiriste com esforços. Todavia, se já sabes o porquê de estares no mundo e o que te trouxe ao corpo carnal, novamente, saberás expressar, para quem se aproxime de ti, o anjo potencializado que és, por enquanto engolfado em árduas lutas humanas por brilhar e crescer, no rumo do Criador, de modo a dar beleza à vida que pulsa na Terra.
Deus quer que ames e que ofereças um pouco mais de ti à vida. Não te afugentes desse destino; não te negues a atender a esse anseio do nosso Pai Celestial. Vem, levanta-te e move-te para incrementar uma vida nova para ti; busca aprender sempre mais, a fim de mais te libertares das cadeias da ignorância; trabalha com afinco e alegria, para te tornares afinado instrumento nas mãos do Senhor, e ama, por fim, porque foste feito a Sua semelhança, e porque não deves mais deter o voo que te fará alcançar o teu próprio destino, destino de felicidade cujos fundamentos se acham no pulsar das constelações.
Mensagem psicografada por Raul Teixeira
Espírito: Rosângela C. Lima

13 outubro 2011

SAUDADES DA INFÂNCIA

Hoje…
Eu acordei e lembrei
Do tempo da minha infãncia
Onde eu era feliz.. Eu era criança
As brincadeiras… Eram muitas, algumas embaixo da mesa ou  lá fora, na rua
Vivia a sorrir sem parar…
As flores… Todas elas,  eu arrancava para doar
Com meus amigos.. Todos os dias, eu saia para nadar,
Sempre procurando aventuras … Um céu colorindo ou um labirinto no mar
Ah… Que saudade daquela  minha mais bela idade.
Eu vivia sem compromisso… Tinha sempre um grande ou pequeno sorriso
Meu mundo era sempre estrelado… Todo o meu sol,era lilás e  rosado
O paraíso.. Era a minha única e principal porta.
Para eu ser feliz…  Pulando em muitas cordas
Meus sonhos… Todos eu iria realizar… Com minha familia, amigos que eu amaria sem cessar
Eu queria ser sempre uma criança…  E morar na terra do faz de conta
Onde tudo é magia, repletos de felicidades e poesia e de lá…  Eu não queria mais voltar

Por Dothy do blog espirita

A BENEFICÊNCIA

Várias maneiras há de fazer-se a caridade, que muitos dentre vós confundem com a esmola. Diferença grande vai, no entanto, de uma para outra. A esmola, meus amigos, é algumas vezes útil, porque dá alívio aos pobres; mas é quase sempre humilhante, tanto para o que a dá, como para o que a recebe. A caridade, ao contrário, liga o benfeitor ao beneficiado e se disfarça de tantos modos! Pode-se ser caridoso, mesmo com os parentes e com os amigos, sendo uns indulgentes para com os outros, perdoando-se mutuamente as fraquezas, cuidando não ferir o amor-próprio de ninguém. Vós, espíritas, podeis sê-lo na vossa maneira de proceder para com os que não pensam como vós, induzindo os menos esclarecidos a crer, mas sem os chocar, sem investir contra as suas convicções e, sim, atraindo-os amavelmente às nossas reuniões, onde poderão ouvir-nos e onde saberemos descobrir nos seus corações a brecha para neles penetrarmos. Eis aí um dos aspectos da caridade.
Escutai agora o que é a caridade para com os pobres, os deserdados deste mundo, mas recompensados de Deus, se aceitam sem queixumes as suas misérias, o que de vós depende. Far-me-ei compreender por um exemplo.
Vejo, várias vezes, cada semana, uma reunião de senhoras, havendo-as de todas as idades. Para nós, como sabeis, são todas irmãs. Que fazem? Trabalham depressa, muito depressa; têm ágeis os dedos. Vede como trazem alegres os semblantes e como lhes batem em uníssono os corações. Mas, com que fim trabalham? É que vêem aproximar-se o inverno que será rude para os lares pobres. As formigas não puderam juntar durante o estio as provisões necessárias e a maior parte de suas utilidades está empenhada. As pobres mães se inquietam e choram, pensando nos filhinhos que, durante a estação invernosa, sentirão frio e fome! Tende paciência, infortunadas mulheres. Deus inspirou a outras mais aquinhoadas do que vós; elas se reuniram e estão confeccionando roupinhas; depois, um destes dias, quando a terra se achar coberta de neve e vós vos lamentardes, dizendo: "Deus não é justo'', que é o que vos sai dos lábios sempre que sofreis, vereis surgir a filha de uma dessas boas trabalhadoras que se constituíram obreiras dos pobres, pois que é para vós que elas trabalham assim, e os vossos lamentos se mudarão em bênçãos, dado que no coração dos infelizes o a amor acompanha de bem perto o ódio.
Como essas trabalhadoras precisam de encorajamento, vejo chegarem-lhes de todos os lados as comunicações dos bons espíritos. Os homens que fazem parte dessa sociedade lhes trazem também seu concurso, fazendo-lhes uma dessas leituras que agradam tanto. E nós, para recompensarmos o zelo de todos e de cada um em particular, prometemos às laboriosas obreiras boa clientela, que lhes pagará à vista, em bênçãos, única moeda que tem curso no Céu, garantindo-lhes, além disso, sem receio de errar, que essa moeda não lhes faltará. - Cárita. (Lião, 1861.)
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

09 outubro 2011

SANTO REMÉDIO

Em todo processo de enfermidade o doente é sempre o Espírito devedor em tratamento, para a cura da alma. Pois a doença se apresenta no corpo físico devido quase sempre a transgressões das Leis Divina e Natural. Isto ocorre pelo afastamento do Espírito destas leis. Quanto mais o Espírito das Leis Divinas se afasta, mais ele sofre, em decorrência das enfermidades que o atingem.
Neste cenário de dor, surge como esperança maior à cura da alma, como bênção de Deus, para com seus filhos, através do remédio eficaz: a Caridade. Remédio este que renova e tonifica a alma, permite a troca energética do corpo e da alma, no corpo e fora dele. É realmente um Santo Remédio esta substância chamada Caridade. Que está ao alcance de todos – encarnados ou não.
De solução e aplicação fáceis, pode ser administrado em dosagem homeopática ou para os casos mais graves de enfermidade da alma, em tratamento de choque, nos processos acelerados de cura.
Este Santo Remédio traz, ao final do processo de tratamento, a cura da alma e do corpo de forma definitiva para o ser.
Este medicamento é muito requisitado e é encontrado em todos os cantos da Terra. Como também é utilizado como tônico da vida, do corpo e da alma, garantindo a felicidade dos seres.
Dizem os mais entendidos que a composição deste milagroso medicamento é de noventa e nove por cento de Amor e um por cento de ação terapêutica, pela ação dos seres envolvidos em sua aplicação.
Que remédio bom este Santo Remédio! Vale lembrar que não é encontrado em farmácias e drogarias e que também não tem custo para o enfermo nem para o doador.
O laboratório que detém sua patente é o Laboratório Divino, que o libera por ação da Providência Divina.
Cá entre nós, Santo Remédio este chamado Caridade, e é de graça mesmo. Como também não tem contraindicação no tratamento das enfermidades.

Sebastião Gonçalves Leite

26 setembro 2011

PORTA ESTREITA

“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.”
Jesus (Lucas, 13:24)

Antes da reencarnação, necessária ao progresso, a alma estima na ”porta estreita” a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne, em que mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as “portas largas” por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.
Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal.
Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.
“Ah! se fosse possível voltar…”-pensam todos.
Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé… Com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros!…
Mas…é tarde. Rogaram a “porta estreita” e receberam-na. Entretanto, recuaram no instante do serviço justo.
E porque se acomodaram muito bem nas “portas largas”, volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo e não conseguem.

Emmanuel

22 setembro 2011

QUEM ERROU?

Erraste e, agora, sentes o remorso corroer-te
o coração, qual ácido inclemente.
Te deixaste legar pela precipitação
ou pela invigilância e lamentas as
consequencias do ato impensado.
Realmente, a conscieência lesada
consitui uma grande fonte de dores.
Entretanto, não te lamentes nem te
entregues ao desânimo.
No mundo e no Além, todos erram.
Aquele que pretende o progresso, porém,
converte o fracasso em lição e segue adiante.
Assim, não te perturbes mais pelo erro cometido.
Apoia-te na fé em Deus e caminha para a frente,
agindo no Bem.
Usa a alavanca da vontade para remover
o peso da culpa e renova-te por dentro.
O Bem que faças hoje é água limpa a lavar
os efeitos negativos dos teus enganos.
A experiência é mestra e o tempo, amigo.
Trabalha e confia.
Ontem, talvez, a ignorância te impedisse
de avançar para a paz, envolvendo-te nas sombras.
Hoje, porém, é um novo dia, e o sol da esperança
brilha no horizonte de tua vida,
convidando-te ao progresso.
Aquele que pretende o progresso, porém,
converte o fracasso em lição e segue adiante.
Assim, não te perturbes mais pelo erro cometido

Pelo Espírito de Scheilla

18 setembro 2011

AÇÃO E REAÇÃO

Cotidianamente e em toda parte observamos situações e ocorrências que nos parecem profudamente injustas.
Ao lado da favela onde há tanto sofrimento e miséria encontramos a suntuosa mansão, cujos moradores locupletam-se com tudo que o dinheiro e o prestígio podem conseguir.
A cada instante, nos mais diversos pontos da Terra nascem crianças saudáveis e outras doentias, deformadas, excepcionais e limitadas;
Enquanto uma parte da humanidade já nasce com inclinações boas, dignas e honestas, outra demonstra, desde a mais tenra infância, tendências para o furto, a mentira, a hipocrisia a crueldade a perversidade, etc..
O mesmo ocorre com a inteligência, que não é hereditária, porque muitos luminares de ciência e do intelecto eram e são filhos de pais comuns e até mesmo pouco inteligentes, enquanto pais de grande capacidade mental têm gerado filhos limitados.
E perguntamos então a nós mesmos por que tanta diferença entre os filhos de Deus? Se nós, humanos e falíveis, não seríamos capazes de atos tão injustos e maus para com os nossos filhos, como poderia Deus, sendo onipotente, justo, sábio e santo, demonstrar tanta injustiça ?
Mas a nossa razão diz que não pode ser… que têm de haver outras explicações, caso contrário, deixamos de Nele acreditar e, nessa descrença sofremos o grande vazio que a fuga da fé deixa dentro de nós.
Mas felizmente, sempre chega o dia em que tomamos conhecimento das leis de causa e efeito ou ação e reação, que os orientais chamam karma.
Esse conhecimento então nos coloca de bem com a existência e começamos a ver Deus, o Universo e os mecanismos da vida sob nova luz.
Tudo o que fomos reflete-se em nossa vida atual. É a lei do retorno que nos devolve, pelas mãos da justiça divina, tudo o que fizemos no passado distante ou próximo. Diz-se nos meios espíritas que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigátória..
É preciso, no entanto, observar que o karma não é só negativo, é também positivo. Ele representa nossa conta corrente com a vida, o retorno dos atos bons e maus, das ações e omissões que praticamos pode mesmo ser atenuado pela prática do bem, pelo amor posto em ação.
Sempre é oportuno lembrar o que disse o Apóstolo: “O amor cobre uma multidão de pecados” isto significa que se dedicarmos parte do nosso tempo e possibilidades, tais como o amor, o trabalho, a palavra ou dádivas materias, visando diminuir o sofrimento do próximo ou a lhe mostrar um novo caminho com mais luz e esperança nossa própria vida, sendo mais útil aos outros, será também menos sofrida para nós.
Essa orientação, aliás, foi dada por Jesus quando disse: “A cada um será dado de acordo com suas obras”.
Também é importante entender que nem todos os sofrimentos são kármicos, porque muitas vezes refletem apenas nossas própias necessidades evolutivas. A dor é a mensageira divina que desperta em nós os valores imortais do espírito. É ela quem nos acorda e faz sair do marasmo ou da acomodação espiritual. Também é através do sofrimento que mais nos aproximamos de Deus.
Plantemos o bem agora para colhermos bons frutos!!
Baseado no Livro “Nós e o mundo espiritual” de Saara Nousiainen

15 setembro 2011

SEMENTE

Enquanto o homem não se convencer de que lhe é necessário conquistar as paisagens íntimas, suas realizações externas deixá-lo-ão em desencanto, sob frustrações que se sucederão, tantas vezes quantas sejam as glórias alcançadas no mundo de fora.
À semelhança de uma semente, na qual dormem incontáveis recursos, que surgem a partir da germinação, cabe ao ser humano desatar os valores que lhe dormem inatos, facultando-se as condições de desenvolvimento, graças às quais logrará sua plenitude.
Muitas vezes, as dificuldades que o desafiam são fatores propiciatórios para o desabrochar dos elementos adormecidos, e para que sua destinação gloriosa seja alcançada.
O homem de bem, que reúne os valores expressivos da honra e da ação edificante, faz-se caracterizar pelo esforço, pelo empenho que desenvolve, realizando o programa essencial da vida que é sua iluminação íntima.
Somente essa identificação com o si profundo facultar-lhe-á a tranqüilidade, meta próxima a ser conseguida. Partindo dela, novas etapas surgirão, convidativas, ensejando o crescimento moral e intelectual proporcionador da felicidade real.
Todas as conquistas externas – moedas, projeção social, objetos raros, moradia, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos – não obstante úteis para a comodidade, a automação e sintonia com o mundo, bem como com a sociedade, não podem acompanhar o ser, quando lhe ocorre a fatalidade biológica da morte.
Cada qual desencarna com os recursos morais e intelectivos que amealhou, liberando-se ou não dos grilhões emocionais que o prendem às quinquilharias a que atribui valor.
Na luta pela aquisição das coisas, as batalhas se tornam renhidas, graças à competição, às angustiantes expectativas das disputas, nas quais o crime assume papel preponderante, com resultados quase sempre funestos.
Na grande transição, tudo aquilo que constituiu motivo de luta insana perde o significado, passando a afligir mais do que antes..

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

11 setembro 2011

A PREPARAÇÃO

A fim de ser preservado e mantido, o corpo exige cuidados vários, desde a higiene à conservação das peças que o constituem, sem o que inumeráveis males lhe perturbam o equilíbrio, interrompendo-lhe a existência.
Assim também a alma.
Responsável pela organização somática é a geradora de forças que facultam a vida física, exigindo, por conseqüência, atendimento especial, sem o que se lhe desarticulam os equipamentos sutis, fazendo-a tombar no desfalecimento ou na alucinação com todos os prejuízos disso decorrentes.
Desse modo, antes de qualquer atividade, ao iniciar-se o dia, reserva-lhe alguns minutos para a sua sustentação.
Faze uma pequena leitura de página otimista e consoladora, que te fixe clichês mentais positivos e agradáveis.
Medita um pouco no seu conteúdo valioso, como a imprimi-lo nas telas delicadas da memória, de modo que dele te impregnes, estabelecendo uma disposição favorável às lutas que enfrentarás.
Encerra, esses minutos, com uma prece, através da qual intentes sintonizar com o pensamento da sabedoria universal, haurindo inspiração e forças no amor de Deus.
Equipado com estas energias, terás atendido, em terapia preventiva, a tua realidade eterna - o eu espiritual - podendo, então, partir para os primeiros confrontos da experiência do teu novo dia.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

07 setembro 2011

TELEFONE MEDIÚNICO

Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica.
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra!
Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica.
Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.
Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte. Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além desazo, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.
A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação.
Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.
Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados.
Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: O espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.
É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido.
Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados.
O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus. Só a misericórdia divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.
Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos.
Esquecem-se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível.
O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição.
O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.

Por Irmão Saulo.
Do livro Diálogo dos Vivos.
Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires.

20 agosto 2011

SOMENTE CARIDADE

Nos movimentos do mundo,
Caridade vem a ser
Pessoa que dá socorro
Sem pensar em receber.
(Luciano Reis)

Caridade complicada,
Mas, que é bênção onde fores.
Não faças promessas vãs,
Nem enganes teus credores.
(Álvaro Vianna)

Das formas de caridade,
Sempre nobres e diversas,
Uma das mais elevadas
É a que se faz nas conversas.
(Maria Dolores)

Hoje, vi a caridade
Mostrando-se em doces brilhos:
Mãe faminta repartindo
Um pão para cinco filhos
(André Rodrigues)

Detestava a caridade
O amigo Afonso Gazola;
Era rico... Perdeu tudo...
Faleceu pedindo esmolas.
(Cornélio Pires)

Caridade na roseira
Tem altas lições de amor...
Ao estrume que lhe atiram
Responde em safras de flor. 
(Meimei)

Negando-te à caridade,
Alegas vários porquês,
Entretanto, diz a vida:
Deus te dá para que dês.
(Américo Falcão)

Ante o irmão irritadiço,
Cujo verbo desagrade,
Cala-te e espera lembrando
Que o silêncio é caridade.
(Mariana Luz)

Diretriz abençoada
Que vive em nossa lembrança:
Não sonegues a ninguém
A palavra de esperança.
(Sílvio Fontoura)

A caridade na Terra
A santos, crentes e ateus,
É a presença de Jesus
Agindo em nome de Deus.
(Carlos Gondim)

Francisco Cândido Xavier; Carlos A. Baccelli. Da obra: Confia e Serve

17 agosto 2011

ORAÇÃO

Senhor,
Dai-nos o poder de operar a própria conversão
Para que o Teu Reino de Amor seja irradiado.
Contigo em nós, converteremos
A treva em claridade,
A dor em alegria,
O ódio em amor,
A descrença em fé viva,
A dúvida em certeza,
A maldade em bondade,
A ignorância em compreensão e sabedoria,
A dureza em ternura,
A fraqueza em força,
O egoísmo em cântico fraterno,
O orgulho em humildade,
O  mal em Infinito Bem.
Sabemos, Senhor,
Que, de nós mesmos,
Somente possuímos a inferioridade
De que nos devemos desvencilhar,
Mas, unidos a Ti,
Somos galhos frutíferos na árvore dos séculos,
Que as tempestades da experiência
Jamais deceparão…
Digna-te amparar-nos
A fim de que nos elevemos,
Ao encontro de tuas mãos sábias e compassivas,
Que nos erguerão da inutilidade,
Para o serviço da cooperação Divina,
Agora e para sempre.
Assim Seja.

16 agosto 2011

PERDOA-TE

A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.

Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.
Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha. Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Da Obra Filho de Deus, Médium Divaldo Pereira Franco, Pelo Espírito Joanna de Angelis

13 agosto 2011

PRECE DE GUBIO

do livro: A Luz da Oração
Senhor Jesus!
Nosso Divino Amigo... Há sempre quem peça pelos perseguidos, mas raros se lembram de auxiliar os perseguidores!
Em toda parte ouvimos rogativas em benefício dos que obedecem, entretanto é difícil surpreendermos uma súplica em favor dos que administram.
Há muitos que rogam pelos fracos, para que sejam, a tempo, socorridos; no entanto, raríssimos corações imploram concurso divino para os fortes, a fim de que sejam conduzidos.
Senhor, Tua justiça não falha. Conheces aquele que fere e aquele que é ferido. Não julgas pelo padrão de nossos desejos caprichosos, porque o Teu amor é perfeito e infinito...
Nunca Te inclinaste tão somente para os cegos, doentes e desalentados da sorte, porque amparas, na hora justa, os que causam a cegueira, a enfermidade e o desânimo...
Se em verdade salvas as vítimas do mal, buscas, igualmente, os pecadores, os infiéis, e os injustos. Não menoscabaste a jactância dos doutores e conversaste amorosamente com eles no templo de Jerusalém. Não condenaste os afortunados e, sim abençoaste-lhes as obras úteis.
Em casa de Simão, o fariseu orgulhoso, não desprezaste a mulher transviada, ajudaste-a com fraternas mãos. Não desamparaste os malfeitores, aceitaste a companhia de dois ladrões, no dia da cruz.
Se tu, Mestre, o Mensageiro Imaculado, assim procedeste na Terra, quem somos nós, Espíritos endividados, para maldiçoarmo-nos, uns aos outros?
Acende em nós a claridade dum entendimento novo! Auxilia-nos a interpretar as dores do próximo por nossas próprias dores. Quando atormentados, faze-nos sentir as dificuldades daqueles que nos atormentam, para que saibamos vencer os obstáculos em Teu nome.
Misericordioso amigo, não nos deixes sem rumo, relegados à limitação dos nossos próprios sentimentos... Acrescenta-nos a fé vacilante, descortina-nos as raízes comuns da vida, a fim de compreendermos, finalmente, que somos irmãos uns dos outros. Ensina-nos que não existe outra lei, fora do sacrifício, que nos possa facultar o anelado crescimento para os mundos divinos.
Impele-nos à compreensão do drama redentor a que nos achamos vinculados. Ajuda-nos a converter o ódio em amor, porque não sabemos, em nossa condição de inferioridade, senão transformar o amor em ódio, quando os Teus desígnios se modificam, a nosso respeito. Temos o coração chagado e os pés feridos na longa marcha, através das incompreensões que nos são próprias, e a nossa mente, por isto, aspira ao clima da verdadeira paz, com a mesma aflição por que o viajor extenuado no deserto anseia por água pura.
Senhor, infunde-nos o dom de nos ampararmos mutuamente. Beneficiaste os que não creram em Ti, protegeste os que Te não compreenderam, ressurgiste para os discípulos que Te fugiram, legaste o tesouro do conhecimento divino aos que Te crucificaram e esqueceram...
Por que razão nós outros, míseros vermes do lodo ante uma estrela celeste, quando comparados contigo, recearíamos estender dadivosas mãos aos que nos não entendem ainda?
É para eles, Senhor, para os que repousam aqui, em densas sombras, que Te suplicamos a bênção! Desata-os, Mestre da caridade e da compaixão, liberta-os para que se equilibrem e se reconheçam...
Ajuda-os a se aprimorarem nas emoções do amor santificante, olvidando as paixões inferiores para sempre. Possam eles sentir-Te o desvelado carinho, porque também Te amam, e Te buscam inconscientemente, embora permaneçam supliciados no vale fundo de sentimentos escuros e degradantes...

Pelo Espírito André Luiz
Médium: Francisco Cândido Xavier

12 agosto 2011

DEGRAUS DE LUZ

Pensas que estás aqui para passar por provas de fogo?
Isso não esclarece os planos de Deus para ti.
Pensas assim, porque não lembras da tua verdadeira origem.
Por ser assim, sentes que estás só, desprotegido e crias, para ti, um mundo de ilusões; feito com o propósito de dar-te segurança e proteção; onde estabeleces o que é melhor para ti, não reconhecendo a dedicação e nem o amor do teu verdadeiro Criador.
Passas, então, a acreditar que és feito para viver ao acaso;  que és feito para a dor e a confusão.
E assim, te perdes e cansas.
Não conseguindo atribuir valor à vida e nem ao próximo.
Deus, conhecendo tanto Seu Filho, sabia que este poderia acreditar naquilo que ele mesmo criou, então, ordenou que uma centelha de luz o acompanhasse para que ele nunca se perdesse completamente do seu verdadeiro destino.
E assim, mesmo por breves momentos, sentes o amor e a luz, que logo desaparecem diante da tua forte crença na separação. Há degraus de areia, onde pisas e cais novamente, alimentando assim, a eterna ilusão de que és frágil, que não podes chegar a lugar algum.
E, há os degraus de luz, que pisas e a tua alma salta ao encontro de Deus; alimentando a eterna segurança de que és abençoado e protegido num casulo de paz e inocência.
A ti é concedido o discernimento preciso das situações. Saberás que escolheste errado quando não sentires paz.
Opta pela luz, e sentirás teu ser restaurado no reconhecimento Daquele que te abençoou eternamente.

10 agosto 2011

POR QUE EXISTE A FAMÍLIA?

Você já pensou sobre qual é o objetivo da família, na terra?
Afinal de contas, por que existe a família?
Se Deus, que é o Criador de todas as coisas, criou a necessidade da vida em família, é porque ela tem uma finalidade importante para o progresso do Espírito.
Vamos encontrar a resposta para essa questão, nos ensinamentos do maior Sábio de todos os tempos.
Jesus recomendou que devemos amar o próximo como a nós mesmos.
Assim, a família é essa escola onde podemos aprender a amar umas poucas pessoas para um dia amar a humanidade inteira.
Deus, que é a inteligência suprema, sabe que no estágio evolutivo em que se encontra, o homem é incapaz de amar todos os seres humanos como a si mesmo.
Por essa razão ele distribui as pessoas nessas pequenas escolas chamadas lares, para que aprendam o amor ao próximo mais próximo.
É assim que em nossas múltiplas existências vamos aprendendo o amor, nas suas diversas facetas: amor de mãe para filho, de filho para mãe, de irmão para irmão, de avô para neto, de neto para avô, de tio para sobrinho, de sobrinho para tio, de esposo para esposa e assim por diante.
E, quando conseguimos amar verdadeiramente um filho, por exemplo, nosso coração se enternece também pelos filhos alheios.
Quando desenvolvemos profundo amor por uma avó ou pelos pais, toda vez que uma velhinha ou velhinho cruzar nosso caminho, sentiremos algum carinho, porque nos lembraremos dos nossos queridos velhos.
Assim, os laços de afeto vão se formando, aos poucos, para que um dia possam se estender por toda a grande família humana.
Considerando-se, ainda, a lei da reencarnação, ou seja, das várias existências no corpo físico, vamos solidificando esses laços de afetividade com um maior número de rito’>espíritos, que nascem sob o mesmo teto que nós.
Dessa forma, nossa família ritual’>espiritual se amplia e os laços de bem-querer se solidificam a cada nova possibilidade de convívio.
Podemos constatar essa realidade no amor que nutrimos pelos amigos, que não fazem parte da parentela corporal, mas com os quais temos laços sólidos de afeição.
Se o amor ao próximo é lei da vida, teremos, mais cedo ou mais tarde, que aprender esse amor. E nada mais lógico do que começar pelos familiares, que a sabedoria das leis divinas reuniu no mesmo lar.
Portanto, viver em família é um grande desafio e ao mesmo tempo um importante aprendizado, pois o convívio diário nos dá oportunidade de limar as arestas com aqueles que por ventura tenhamos alguma diferença.
Nascendo no mesmo reduto familiar é mais fácil superar as desafeições, pois os laços de sangue ainda se constituem num ponto forte a favor da tolerância e da convivência pacíficas.
É por essa razão que existe a família: para que aprendamos a nos amar como verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Criador.
Pense nisso!
Olhando a humanidade como uma grande família, todas as barreiras que separam os povos caem por terra, pois num outro país, numa outra raça, numa outra religião, pode estar alguém que já foi nosso parente consangüíneo ou nosso grande amigo numa existência física passada.
Assim, se você entender que isso tudo faz sentido, comece a ver as pessoas que cruzam seu caminho com outros olhos. Com olhos de quem entende e atende a recomendação do Cristo: ame o próximo como a si mesmo.

09 agosto 2011

O AMOR QUE TENHO É O QUE DOU



No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior…” [Cap XI item 8] – O Evangelho segundo o Espiritismo
Somente se dá aquilo que se possui.
Como, pois, exigir amor de alguém que ainda não sabe amar?
Como requisitar respeito e consideração de criaturas que não atingiram o ponto delicado do sentimento que é o amor?
Quem dá afeto recolhe a felicidade de ver multiplicado aquilo que deu, mas somente damos de conformidade com aquilo de que podemos dispor no ato da doação.
Há diversidades de evolução no planeta. Homens mal saídos da primitividade campeiam na sociedade moderna, ensaiando os primeiros passos do instinto natural para a sensibilidade amorosa.
Eis aqui uma breve relação de sintomas comportamentais que aparecem nas criaturas, confundindo o amor que liberta e deseja o bem da outra pessoa com a atração egoísta que toma posse e simplesmente deseja:
- Há indivíduos que, para conquistar os outros e convencê-los de suas habilidades e valores, contam vantagens, persuadindo também a si mesmo, pois acreditam que para amar é preciso apresentar credenciais e louros, satisfazendo assim as expectativas daqueles que podem aceitá-lo ou recusá-lo.
- Há criaturas que tentam amar comprando pessoas, omitindo e negando suas necessidades e metas existências, abandonando tudo que lhes é mais caro e íntimo e depois, por terem aberto mão de todos os seus gostos e desejos, perdem o sentido de suas próprias vidas, terminando desastrosamente seus relacionamentos.
- Alguns delegam o controle de si mesmos aos outros, cometendo assim, em “nome do amor”, o desatino de renunciar ao próprio senso de dignidade, componente vital à felicidade. Não é de surpreender que vivam vazios e torturados, pois se tornaram “um nada” ao permitirem que isso acontecesse.
- Outros tantos usam da mentira, encobrindo realidades e escondendo conflitos. Convictos de que têm de ser perfeitos para ser amados, temem a verdade pelas supostas fraquezas que ela possa lhes expor diante dos outros. Acabam fracassados afetivamente por falta de honestidade e sinceridade.
- Certas criaturas afirmam categoricamente que amam, mas tratam o ser amado como propriedade particular. Por não confiarem em si mesmas, geram crenças cegas de que precisam cuidar e proteger, quando na realidade sufocam e manipulam criando um convívio insuportável e desgastante.
Uma das características mais tristes dos que dizem saber amar é a atitude submissa dos que nunca dizem “não”, convencidos de que, sempre sendo passivos em tudo, receberão carinho e estima. Esse tipo de comportamento leva as pessoas a concordar sempre com qualquer coisa e em qualquer momento, trazendo-lhes desconsideração e uma vida insatisfatória.
Requisitar dos outros o que eles ainda não podem dar é desrespeitar suas limitações emocionais, mentais e espirituais, ou seja, sua idade evolutiva.
Forçar pais, filhos, amigos e cônjuge a preencher o teu vazio interior com amor que não dás a ti mesmo, por esqueçeres teus própios recursos e possibilidades, é insensato de tua parte.
É dando que se recebe; portanto cabe a ti mesmo administrar tuas carências afetivas e fazer por ti o que gostarias que os outros te fizessem.
Não peças amor e afeto; antes de tudo, dá a ti mesmo e em seguida aos outros, sem mesmo cobrar taxas de gratidão e reconhecimento. Importante é que sigas os passos de Jesus na doação do amor abundante, sem jamais exigí-lo de ninguém e sem jamais esquecer que és responsável pelos teus sentimentos.
Quanto aos outros, sejam eles quem for, responderão por si mesmos conforme o seu livre arbítrio e amadurecimento espiritual.
Extraído do Livro Renovando Atitudes – do espírito Hammed, pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto

A IMPORTÂNCIA DO SORRISO NA CASA ESPÍRITA

Outro dia um amigo me confidenciou que estava muito preocupado com a ausência de sorrisos e calor humano no interior das instituições espíritas.
E que se nossa Doutrina é otimista, trazendo nova luz para a vida por que é que há tanta gente carrancuda dentro das instituições?
Não pude deixar de concordar com ele.
De fato, tenho percebido que muitas instituições, através de seus dirigentes e trabalhadores, à guisa de manter a seriedade doutrinária comprometem o seu bom humor, a simpatia, o calor humano, como se o mundo se resumisse às suas carrancas, ao sofrimento e ao pessimismo.
Não podemos esquecer que normalmente quem procura o centro espírita está com dificuldades, está desanimado, está sofrendo. Se mantemos uma postura sisuda, com humor fechado, e sem a luz de um sorriso, devemos saber que temos a chance de estarmos contribuindo para influenciar negativamente aqueles que nos procuram, piorando a sua situação.
Talvez por um atavismo judaico-cristão associado com a idéia equivocada de que o sofrimento é enobrecedor e é sinal de evolução (o que está errado, evidentemente) é que esses irmãos e irmãs que preferem a carranca ao sorriso estejam agindo assim.
Que jamais faltem sorrisos nos centros espíritas, pois nada mais animador do que ser recebido com um sorriso e com calor humano. Pois nós não somos máquinas. Somos seres humanos, seres espirituais, tendo o compromisso de transformar o mundo para melhor.
Para que sombras em nosso rosto?
Não podemos esquecer que o abismo atrai o abismo e que sorrir sempre é a garantia de espalhar a paz e a alegria a contagiar aqueles que estão ao nosso redor, onde quer que seja.
E a casa espírita detém um papel de fundamental importância como irradiadora da luz, sendo nossa postura a lâmpada a propagar essa boa energia.
Se fechamos o nosso rosto, estaremos impedindo o fluxo dessa luz. Pois “cara” fechada não é sinal de evolução.

Joaquim Ladislau Pires Júnior.

08 agosto 2011

PIEDADE EM CASA

Não aguardes as ocorrências da dor para desabotoares a flor da piedade no coração.
Sê afável com os teus, sê gentil em casa, sê generoso onde estiveres.
No lar, encontrarás múltiplas ocasiões, cada dia, para o cultivo da celeste virtude.
Tolera, com calma silenciosa, a cólera daqueles que vivem sob o teto que te agasalha.
Não pronuncies frases de acusação contra o parente que se ausentou por algumas horas.
Não te irrites contra o irmão enganado pela vaidade ou pelo orgulho que se transviou nos vastos despenhadeiros da ilusão.
Na tarefa de esposo, desculpa a fraqueza ou a exasperação da companheira, nos dias cinzentos da incompreensão; e, no ministério da esposa, aprende a perdoar as faltas do companheiro e a esquecê-las, a fim de que ele se fortaleça no crescimento do bem.
Se és pai ou mãe, compadece-te de teus filhos, quando estejam dominados pela indisciplina ou pela cegueira; e, se és filho ou filha, ajuda aos pais, quando sofram nos excessos de rigorismo ou na intemperança mental.
Compreende o irmão que errou e ajuda-o para que não se faça pior, e capacita-te de que toda revolta nasce da ignorância para que as tuas horas no lar e no mundo sejam forças de fraternidade e de auxílio.
Quando estiveres à beira da impaciência ou da ira, perdoa setenta vezes sete vezes e adota o silêncio por gênio guardião de tua própria paz.
Compadece-te sempre.
Se tudo é desespero e conturbação, onde te encontras, compadece-te ainda, ampara e espera, sem reclamar.
Guarda a piedade, entre as bênçãos do trabalho.
Habituemo-nos a ignorar todo o mal, fazendo todo o bem ao nosso alcance.
A piedade do Senhor, nas grandes crises da vida, transformou-se em perdão com bondade e em ressurreição com serviço incessante pelo soerguimento do mundo inteiro.



Emmanuel. Da obra: Alvorada do Reino. IDEAL.

07 agosto 2011

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

A maioria dos espíritos que povoam a terra, tanto no estado errante, desencarnados, quanto os encarnados, compõe-se de espíritos imperfeitos, que fazem mais o mal que o bem. Daí a predominância do mal na Terra.
Temos, portanto, o mundo corporal, composto de espíritos encarnados, e o mundo espiritual, composto de espíritos desencarnados.
O homem, por ser composto de matéria, está ligado a Terra; e o Espírito, por sua natureza fluídica, está em toda parte, percorre distâncias enormes com a rapidez do pensamento.
A morte do corpo é a ruptura dos laços que unem corpo a espírito.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes, mas com aptidões para tudo conhecer e progredir, dependendo de seu livre arbítrio, de seu próprio trabalho, razão porque tantos somos diferentes uns dos outros. Em nossas reencarnações sucessivas, através do livre arbítrio, da própria vontade. Uns realizam mais rapidamente suas necessidades de progresso, cumprindo as leis naturais, as leis morais da vida, adquirindo uma maior gama de conhecimentos e aprendizado.Outros, também em razão de seu livre arbítrio, vivem “adiando” suas necessidades de trabalho e vivência de melhoramento espiritual-moral, deixando tudo para depois, o que lhes é permitido, entretanto não é recomendável. Desta forma, uns evoluem mais rapidamente e outros permanecem na ignorância por mais tempo.
A falta de vigilância, certamente, é um dos fatores mais sérios e que mais nos atrasam a caminhada, pois que na maior parte das vezes, esta invigilância é que nos faz permitir as influenciações negativas daqueles espíritos errantes que estão procurando apenas uma brecha, uma passagem, uma ação ou pensamento, para se utilizarem de nós e assim satisfazer suas necessidades maléficas.
A felicidade está na razão do progresso alcançado. Os que deixam para depois, adiando a prática do bem, da caridade, do trabalho, do amor ao próximo e as demais leis divinas ou naturais, estes, certamente são mais infelizes e se mantêm na ignorância por mais tempo.
Aí já podemos entender, perfeitamente, o porquê de embora criados simples e ignorantes, uns já se adiantaram no progresso e outros estão ainda muito atrasados.
A compreensão da influência que os Espíritos Desencarnados exercem sobre os Espíritos Encarnados, passa, inicialmente pelo entendimento de que há espíritos mais e menos evoluídos.
Sabemos que estamos constantemente rodeados por Espíritos que nos vêem, ouvem e conhecem nossos pensamentos e até nossos desejos mais íntimos. Quando nos acreditamos sós sempre estamos acompanhados por Espíritos e, com freqüência, somos influenciados por eles através de nosso pensamento.

03 agosto 2011

Maternidade

Vemos em cada manifestação da vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
Na Criação, o clímax da grandeza.
Na caridade, o vértice da virtude.
Na paz, a culminância da luta.
No êxito, a exaltação do ideal.
Nos filhos, a essência do amor.
No lar, a glória da união.
De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
Maternidade esperada.
Maternidade imprevista.
Maternidade aceita.
Maternidade hostilizada.
Maternidade socorrida.
Maternidade desamparada.
Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam as chaves de controle do mundo.
Mães de sábios...
Mães de idiotas...
Mães felizes...
Mães desditosas...
Mães jovens...
Mães experientes...
Mães sadias...
Mães enfermas...
Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o plano terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da vida espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.
Mães da Terra! Mães anônimas!
Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente - esperança do Céu a respeitar-vos do peito!. ..
Não surge o berço de vosso coração por acaso.
Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à excelsa paternidade da Providência Divina.
  Francisco Cândido Xavier. Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito André Luiz.

30 julho 2011

DIVIDIR COM AMOR

A miséria sócio-econômica, que entulha as avenidas do mundo, mistura- se à de natureza moral, que atulha os edifícios e residências de luxo como os guetos da promiscuidade libertina.
O que podes fazer, parece-te quase sem sentido ou significação, tão grande e volumoso é o problema. Apesar disso, não te escuses de auxiliar.
Se não consegues ir à causa do problema, minimiza-lhe os efeitos.
Desde que não podes erradicar, de um golpe, a fome, a enfermidade, a ignorância, contribui com a tua quota de amor, por mínima que seja.
Sempre podes dividir do que possuis, com aquele que nada tem.
Quando repartes com amor, multiplicas a esperança, favorecendo a alegria.
Menos tem, aquele que se nega a doar algo.
Afirma-se que esse gesto de amor gera o paternalismo, promove o vício...
Não têm razão, os que assim informam.
Muitos males, e alguns crimes, são abortados quando uma atitude de amor interrompe o passo do infeliz que padece fome, desespero e dor...
Somente quem aprende a abrir a mão, descerra o bolso, terminando por oferecer o coração.
Faze o que te esteja ao alcance, e a vida fará o resto.
Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

27 julho 2011

SELO DE ANIVERSÁRIO

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Ganhei este selinho da Denise, que tem um cantinho muito especial, se quizer conhecer e apreciar coisas boas o endereço é http://conhecerkardec.blogspot.com.

24 julho 2011

A IMPORTANCIA DA EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL

“Evangelizar é educar a infância e a juventude é semear o bom grão, é preparar uma nova sociedade, é criar um novo mundo onde habitará a justiça, onde reinará a solidariedade, garantindo o alimento para todos e a oportunidade de revelarem suas capacidades”

A sociedade contemporânea esta a procura de uma força purificadora que a tire da degradação moral, da imprudência, da corrupção dos costumes, dos crimes bárbaros que constituem em seu conjunto problema grave a ser solucionado. A sentença proferida por Jesus: “deixar vir a mim as criancinhas e não as impeçais…”, revela o perfeito conhecimento do Mestre das condições que a infância se apresenta.
Adverte-nos Ele quanto a época propicia ao lançamento das bases da educação Moral. Educar, no legitimo sentido da expressão, é orientar o Espírito na aquisição parcial, porem progressiva, da verdade. A educação moral promove uma revolução importante, uma batalha silenciosa no interior do individuo para o exterior, num processo de esforço continuo.
O conhecimento cientifico sem apoio da moral, conduz a violência e a alucinação. A situação caótica em que vive a humanidade nos dias atuais é resultante da falta de rumo moral nas tomadas de decisões individuais e coletivas. O conhecimento moral ilumina nas decisões, mostra o caminho correto a ser perseguido em todas as situações da vida.

16 julho 2011

CREDORES DIFERENTES

"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos." - Jesus. (MATEUS, 5:44.)
O problema do inimigo sempre merece estudos mais acurados.
Certo, ninguém poderá aderir, de pronto, à completa união com o adversário do dia de hoje, como Jesus não pôde rir-se com os perseguidores, no martírio do Calvário.
Entretanto, a advertência do Senhor, conclamando-nos a amar os inimigos, reveste-se de profunda significação em todas as facetas pelas quais a examinemos, mobilizando os instrumentos da análise comum.
Geralmente, somos devedores de altos benefícios a quantos nos perseguem e caluniam; constituem os instrumentos que nos trabalham a individualidade, compelindo- nos a renovações de elevado alcance que raramente compreendemos nos instantes mais graves da experiência. São eles que nos indicam as fraquezas, as deficiências e as necessidades a serem atendidas na tarefa que estamos executando.
Os amigos, em muitas ocasiões, são imprevidentes companheiros, porquanto contemporizam com o mal; os adversários, porém, situam-no com vigor.

11 julho 2011

A PRECE DOS CRIMINOSOS

Nossa Irmã Maria José acercou-se do Chico na ocasião em que lhe contávamos os benefícios usufruídos pelos penitenciários do Distrito Federal com as visitas que lhes vêm fazendo, aos domingos, pela manhã, alguns diretores da Federação Espírita Brasileira. 
A conversão de muitos Irmãos detentos à nossa Doutrina tem sido permanente, segura e confortadora. 
No final, quase sempre, cabe a um dos presos, em meio do pranto e do arrependimento, orar, agradecendo a Deus as graças recebidas. 
E nossa irmã atenta aos nossos comentários, indaga do querido médium: ?
Se a prece representa um estado de alma pura, como poderá tê-lo o criminoso? 
Vale alguma coisa, aos olhos de Deus, a oração dos delinqüentes?
E o prestativo servidor, em dia com os assuntos santos do Senhor, ajudado pelos seus esclarecidos mentores espirituais justifica:
- A prece de um criminoso, por ser a de um irmão faltoso, vale muito quando feita com arrependimento sincero. 
Numa prisão acham-se encarnados e desencarnados, algozes e vítimas, ligados pelos laços do Amor de Deus. 
E, quando, dentre eles, um se mostra arrependido do mal que fez e, ajoelhando a alma, ora ao Pai, na linguagem do coração, na sinceridade e na humildade, com vontade de ressarcir suas faltas, uma surpresa aponta no íntimo dos outros colegas e todos acabam envolvidos na Resposta do Criador, que é sempre algo de incentivo de Seu Amor e de Suas Bênçãos! 
Via de regra, depois de uma Prece assim feita entre almas dormidas, fechadas, endurecidas no crime, algumas acordam para a realidade do Roteiro cristão, sentindo os remorsos primeiros, dando os primeiros passos em prol de sua redenção.
Adelino da Silveira. Da obra: Chico, de Francisco. Editora Cultura Espírita União - CEU.

A PALAVRA

Poderoso veículo de comunicação, a palavra é instrumento que poucos utilizam como deveriam.
A boa palavra ergue e consola, ensina e corrige, ampara e salva.
A má palavra envenena e mata, enlouquece e fulmina, desequilibra e arma de ódio.
Muitos falam sem pensar, gerando antipatias e fomentando crimes.
Outros pensam sem falar e perdem as oportunidades edificantes de sustentar o ideal do bem e da vida.
Falar por falar expressa desequilíbrio, tanto quanto calar, sempre, denota doentia introspecção.
Dispões desse abençoado instrumento para preservar a vida e enriquecê- la de bênçãos, que é a palavra.
Usa o verbo com sabedoria, ensinando, ajudando e impulsionando as pessoas ao avanço, ao progresso.
Articula a palavra sem gritaria, nem desconcerto emocional, de modo que se te faça agradável, inspirando os que te ouvem e gerando simpatia em teu favor.
A arte de falar é conquista que todos devem lograr.
Não a esgrimas com teu verbo, nem a sepultes no mutismo da alienação.
Fala sobre o bem, o amor e a esperança, propondo a alegria entre as criaturas e ensinando-as a adquirir segurança pessoal no processo da evolução.
Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

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