31 dezembro 2010

FELIZ 2011

HOJE DIA 31 DE DEZEMBRO DE 2010,
A POUCAS HORAS DO INICIO DE UM NOVO ANO, 
COM O CORAÇÃO REPLETO DE ÓTIMAS LEMBRANÇAS, 
REALIZAÇÕES PLENAS, 
AMIZADES NOVAS,
UM HORIZONTE ABERTO,
REPLETO DE PROJETOS,
ONDE O CORAÇÃO TRANSBORDA DE FELICIDADE,
PERCEBO O QUANTO EVOLUÍ,
COMO SER VIVENTE E ATUANTE,
DESEJANDO QUE CADA DIA VINDOURO,
SEJA BANHADO PELAS BENÇÃOS DIVINAS,
QUE TODOS  ESTEJAMOS NUMA ÓTIMA
SINTONIA COM O UNIVERSO.

OBRIGADA SENHOR POR TUDO!

"ELEVAR NOSSOS PENSAMENTOS NOS TRAZ A PAZ NECESSÁRIA AO PROGRESSO
DIANTE DAS ADVERSIDADES".

BEIJOS 

SONIA

27 dezembro 2010

PRECE DE CARITAS

Deus, nosso Pai, que tendes poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor, que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.
Piedade, meu Deus, para aquele que Vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa bondade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso amor pode iluminar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão; um só coração, um só pensamento, subirão até Vós, como um grito de reconhecimento e amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh! poder, oh! bondade, oh! beleza, oh! perfeição, e queremos de algum modo alcançar a Vossa misericórdia.
Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão, dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se deve refletir a Vossa imagem.

Sra. W. Krell. Da obra: Anuário Espirita 2002. Ditado pelo Espírito Cárita. A Prece de Cárita original foi recebida no Natal de 1873, em Bordéus, França, pela médium Sra. W. Krell. Instituto de Difusão Espírita.

23 dezembro 2010

JESUS

Jesus foi na Terra
a mais perfeita encarnação do Amor Divino.
E ainda hoje,
nos dias amargurados que transcorrem,
é para a Humanidade
a promessa de Paz,
o manto protetor
que abriga os aflitos e os infelizes,
o pão que sacia os esfomeados das verdades eternas,
a fonte que desaltera todos os sofredores.
Apegai-vos a Ele, cheio de confiança!
Ele é misericórdia personificada,
o Jardineiro Bendito
que jorra, no coração
dos transviados do caminho do bem,
as sementes do arrependimento
que hão de florir na Regeneração
e frutificar na perfeita felicidade espiritual.
Ouvi a sua voz
no silêncio da consciência que vos fala
do cumprimento austero
de todos os deveres cristãos,
e um dia
descansareis reunidos,
ligados pelos liames inquebrantáveis
da fraternidade além da morte,
à sombra da árvore luminosa
das boas ações que praticastes,
longe das lágrimas
do orbe obscuro,
Dos prantos e das provações remissoras!...

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Antologia Mediúnica do Natal. Ditado pelo Espírito Marta

15 dezembro 2010

ANÚNCIO

Grandiosa obra de renovação do mundo precisa urgentemente de profissionais liberais diversos para as seguintes funções:
Engenheiros - que edifiquem pontes para aproximar mais as pessoas entre si, na construção da verdadeira fraternidade.
Advogados - para que defendam as causas da justiça e do bem.
Psicólogos - com grande poder de penetração no complexo mundo interior das criaturas para que consigam ajudar, de maneira direta e simples, as pessoas a se relacionar entre si e a viver em paz. Especialmente as que vivem sob o mesmo teto, nos agrupamentos familiares.
Dentistas - que, melhorando o aspecto bucal dos pacientes, consigam descontrair-lhes também a face e estimulá-los a sorrir. Sorrir sempre, a fim de amenizar as tensões da vida.
Professores - de todas as matérias, que saibam promover a formação integral da personalidade dos novos habitantes que diariamente aparecem no cenário do mundo, através dos renascimentos. Que levem em conta a formação moral dos educandos, com a base do Evangelho de Jesus, para o pleno desenvolvimento do ser.
Cirurgiões - para extirpar do íntimo do homem, sem lhe mutilar o ser, as raízes do mal que ali ainda insistem em habitar.
Economistas - que, além de resolver devidamente os problemas de ordem material da coletividade, sejam capazes de fazer ver ao homem que as questões relacionadas com o abastecimento, produção e distribuição de bens e serviços são o mais elementar dos desafios da evolução. Que interesses mais altos esperam por suas iniciativas, como seja o aperfeiçoamento do saber, o vasto mundo da arte etc.
Enfermeiras dedicadas - que saibam tratar não somente das lesões do corpo, como também amparar os acidentados da alma, os que se envolveram nos lamentáveis sinistros do ódio, da paixão arrasadora, do egoísmo, dos atritos, dos vícios, de modo a corrigir com paciência e amor as causas dos desequilíbrios humanos.
Todos esses profissionais e quaisquer outros trabalhadores sinceros serão prontamente admitidos, no maior número possível, na grande obra de preparar uma nova civilização, onde sejam reais as palavras felicidade, justiça, prosperidade e paz.
Para realizar a obra de renovação do mundo, nenhum de nós precisa sair do local onde se encontra, nem se desvincular daqueles com quem convive.
Todos os percalços e entraves que porventura encontremos na família, no local de trabalho, devem simplesmente constituir estímulo para que trabalhemos mais depressa, a fim de abreviar o advento da nova era de paz e harmonia, fraternidade e beleza que todos aguardamos.
Fonte: (Jornal Mundo Espírita - janeiro de 1992, Profissionais Liberais: precisam-se! - artigo de Lauro F. Carvalho)

30 novembro 2010

AUSÊNCIA

Estarei ausente por alguns, dias mas retornarei em breve, prometo.

BEIJOS 

SONIA

25 novembro 2010

PLENITUDE DA VIDA

O ser querido, que a morte arrebatou, não se extinguiu, prosseguindo, em outra dimensão, conforme as suas conquistas morais e espirituais.
A morte, em realidade, é a porta que se abre e conduz à vida plena, onde vibram, indestrutíveis, os tesouros incomparáveis da eternidade.
Logo após a morte do corpo físico, não ocorre o enfrentamento com os demônios representativos do inferno mitológico, nem com os querubins em júbilo para a condução do espírito aos céus.
Tem lugar, sim, o encontro com a consciência que desperta para a análise do comportamento vivido em relação àquele que deveria ter sido vivenciado.
Nos primeiros dias após a desencarnação o espírito geralmente permanece adormecido, de modo que, ao despertar, defronta a realidade na qual prosseguirá a partir daquele momento.
Não existem, porém, duas mortes e reconquistas da consciência iguais. Cada ser é um cosmo pessoal, diferindo dos demais, vivenciando emoções e aspirações compatíveis com o seu nível de evolução.
Assim, cada qual acorda no além-túmulo conforme adormeceu sob o anestésico da morte. 

Momento Espírita, com base em mensagem psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 31 de maio de 2004, em Zurique, Suíça, ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis.

19 novembro 2010

AUXILIO EFICIENTE

O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.
Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.
Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.
Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.
E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.
A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.
O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.
O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.
De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.
Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo.
Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.
Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam dEle, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.
Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.

  Francisco Cândido Xavier. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel

14 novembro 2010

AS GUERRAS E VOCÊ

Você aprova as guerras?
Se alguém lhe fizesse uma pergunta dessas, por certo você ficaria indignado com tanta ousadia, e diria que não compactua com esse tipo de violência.
No entanto, num ponto você há de concordar: que se vivêssemos num mundo pacífico, as guerras não existiriam, não é verdade?
Pois bem, você já pensou que as grandes guerras podem ser apenas a conseqüência das pequenas guerras que alimentamos no dia-a-dia?
A explosão de um conflito maior pode ser comparada à erupção de um vulcão, que libera as lavas para não provocar abalos maiores e mais prejudiciais ao planeta.
Uma guerra é como uma panela de pressão que estoura porque não consegue suportar as forças que pressionam seu interior.
Assim, quando nos irritamos violentamente com alguém ou com alguma coisa, jogamos na atmosfera uma carga energética de péssimo teor, que contribuirá para a eclosão de guerras, mais cedo ou mais tarde.
Essas forças permanecem na atmosfera espiritual da terra e vão se somando a outras tantas, liberadas por aqueles que se permitem pequenas ou grandes explosões de ira e de ódio.
É assim que vamos formando uma reserva de violência tão grande, que um dia acaba por explodir e causar danos a milhares de pessoas.
Dizem os espíritos superiores que assim é. E que essas reservas de vibrações violentas só podem ser anuladas por uma força contrária chamada amor.
Portanto, se não quisermos mais alimentar guerras, devemos educar-nos para a paz.
E a paz deve começar em nossa intimidade.
Quando não revidamos uma ofensa, estamos ajudando a construir a paz.
Quando não aceitamos uma provocação da violência, estamos dando nossa contribuição para que a paz possa ser construída.
Quando calamos uma palavra de irritação, contribuímos com a paz mundial.
Quando apagamos uma faísca de ira que insiste em eclodir de nossa alma, fomentamos a paz.
Quando repelimos com o amor uma insinuação da revolta, ajudamos a pacificar o mundo.
Quando, enfim, nos inundarmos de paz, conseguiremos aplacar o ódio de milhões e acabar com as guerras, por falta de alimento.
Essa é a única maneira de sermos, efetivamente, contrários aos conflitos cruéis que degradam a humanidade e a infelicitam.
Você sabia?
Que a Terra está no segundo degrau da escala evolutiva dos mundos?
O nosso é um planeta de provas e expiações e é por isso que Jesus afirmou que a felicidade não é deste mundo.
A felicidade deve ser construída, e só haverá verdadeira felicidade quando não houver mais conflitos degradantes entre os povos.
Os mundos estão sujeitos à lei de progresso, e, à medida que seus habitantes evoluem, transformam os mundos em que vivem.
Foi por essa razão que o Cristo afirmou que os brandos e pacíficos herdarão a terra. Nada mais justo, pois colherão os frutos da própria semeadura.

Redação do Momento Espírita

10 novembro 2010

A PARTE QUE NOS CABE

Quando Jesus nos orientou sobre a idéia de que nossa mão direita não deve saber o que faz a esquerda, pretendia ensinar-nos que não deveríamos fazer publicidade do bem que praticamos.
Afinal, quando fazemos algo de bom a motivação por tal atitude não deve ser o orgulho ou o desejo de que sejamos notados ou reconhecidos publicamente por isso.
Essa prática deve ser estimulada pela consciência de que podemos e devemos fazer algo pelos outros.
Mas o que fazer?
Muitas pessoas lamentam não poder fazer todo o bem que desejariam por falta de recursos materiais para tanto.
Porém, há muito a ser feito que dispensa a aplicação de grande soma de recursos financeiros.
Se você não tem disponibilidade econômica para auxiliar os menos favorecidos na vida, quem sabe pode doar seu tempo em prol deles.
Embora não haja muita divulgação na mídia a respeito, sabemos que existem muitos grupos organizados desenvolvendo diversos trabalhos voluntários.
Há grupos de senhoras que semanalmente costuram retalhos que arrecadam para fazer cobertores para famílias carentes.
Há aqueles que ensinam o que sabem para aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades, desenvolvendo potenciais adormecidos, descortinando-lhes, assim, novos horizontes.
Isso é promoção humana.
Grupos de voluntários se dispõem a ensinar informática em núcleos carentes a fim de iniciar em tais conhecimentos pessoas que jamais teriam acesso a esses recursos pelos meios usuais.
Há professores de música formando corais e dando as primeiras noções sobre esta arte, para crianças que vivem em favelas em situações de miséria.
Há profissionais de saúde que se organizam e oferecem seu tempo, atendendo gratuitamente em consultórios comunitários, instalados em bairros de extrema pobreza.
Há ainda, aqueles que assumem auxiliar uma criança, ou uma família, oferecendo-lhes o apoio que lhes seja possível, sem nada receber em troca.
Existem inúmeros "bons samaritanos" anônimos espalhados pelo mundo.
São pessoas que oferecem aos irmãos que sofrem, não apenas bens materiais, mas coisas muito mais valiosas: tempo e dedicação.
Se você realmente deseja construir um mundo melhor, faça a sua parte para isso.
Há tanto a ser feito.
Tantos são os que sofrem.
Muitos idosos aguardam por anos a fio, em asilos, a visita de alguém que se disponha a ouvi-los.
Muitas crianças necessitam da orientação segura de alguém que possa ensiná-las e guiá-las por meio de exemplos nobres e dignos.
Muitas são as pessoas que não tiveram chances de aprender um ofício ou mesmo a ler e a escrever, esperando por uma oportunidade nesse sentido.
Temos em nossas mãos tantos talentos e tantos recursos corroídos pela ociosidade e pelo egoísmo.
Quantas horas mal utilizadas passadas diante da TV sem nada se fazer?
Quantos finais de semana passados dentro de carros de um lado para o outro, sem que se vá efetivamente a lugar algum?
Quanta vida passando sem que se faça nada de útil e proveitoso com ela?
Não há motivo, nem sentido, retardar nossa ação efetiva no bem.
Façamos, a partir de agora, a nossa parte, seja ela qual for.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIII de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.

08 novembro 2010

SEMEAR

Há saúde do corpo e saúde da alma. Ambas devem estar juntas.
Deus concede-nos recursos mil, cada dia, para alimentar-nos o espírito com as melhores emoções.
Absorvemos os pensamentos uns dos outros.
Auxilia a produção útil da Natureza e estarás cooperando com a Providência Divina.
Cede ao próximo o pão que sobra em tua mesa e o Senhor te enriquecerá de bom ânimo e alegria.
Atendendo a Deus, a Terra gasta milhões de vidas, cada dia, a fim de sustentar-nos.
Falar mal dos outros, ao invés de ajudá-los, é o mesmo que envolver nossos sentimentos em lama invisível, ao invés de fazê-los brilhar.
Os frutos que te deliciam são os resultados do esforço daqueles que passaram no mundo, antes de ti. Prepara a sementeira de agora para os que virão no futuro.
Planta uma árvore amiga e ajudarás aos que te ajudam.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.

02 novembro 2010

PLANEJAMENTO

"A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade." O CÉU E O INFERNO 
1ª parte, Capítulo 2º - item 10.
A obra do bem em que te encontras empenhado não pode prescindir de planejamento.
Nem o estudo demorado, no qual aplicas o tempo, fugindo à ação. Nem a precipitação geradora de muitos insucessos.
Para agires no bem, muitas vezes, qualquer recurso positivo constitui-se material excelente de rápida aplicação. Todavia, o delineamento nos serviços que devem avançar pelo tempo tem regime prioritário.
A terra devoluta para ser utilizada, inicialmente recebe a visita do agrimensor que lhe mede a extensão, estuda-lhe as curvas de níveis, abrindo campo propício a agricultores, construtores, urbanistas que lhe modificarão a fisionomia.
O edifício suntuoso foi minuciosamente estudado e estruturado em maquetes facilmente modificáveis.
Até mesmo a alimentação mais humilde não dispensa a higiene e quase sempre o cozimento, a fim de atender devidamente ao organismo humano.
A improvisação é responsável por muitos danos.
Improvisar é recurso de emergência. Programar para agir é condição de equilíbrio. Nas atividades cristãs que a Doutrina Espírita desdobra o servidor é sempre convidado a um trabalho eficiente, pois que a realização não deve ser temporária nem precipitada, mas de molde a atender com segurança.
A caridade, desse modo, não se descobre na doação pura e simples, adquirindo o matiz diretivo e salvador.
Não somente hoje, não apenas agora.
Hoje é circunstância de tempo na direção do tempo sem-fim.
Agora é trânsito para amanhã.
Planejar-agindo é servir-construindo.
Por esse motivo ajudar é ajudar-se, esclarecer significa esclarecer-se e socorrer expressa socorrer-se também.
Planifica tudo o que possa fazer e que esteja ao teu alcance.
Estuda e examina, observa e experimenta, e, resoluto, no trabalho libertador avança, agindo com acerto para encontrares mais tarde, na realização superior, a felicidade que buscas.
Para que o Mestre pudesse avançar no rumo da semeação da Vida Eterna, enquanto entre nós, na Terra, meditou dias e noites, retemperando as próprias forças, sentindo o drama e a aflição dos espíritos, a fim de que, em começando a trajetória de amor, nas verdes paisagens da Galileia e nas frescas margens do Tiberíades não recuasse ante a agressão e a impiedade que investiram contra o Seu Apostolado, planejando e agindo, amoroso, até a morte. E mesmo depois, em buscando os páramos da Luz Inextinguível volveu, para os que ficaram na retaguarda, o coração generoso, acenando-lhes com a plenitude da paz depois da vitória sobre eles mesmos.

  Divaldo Pereira Franco. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

28 outubro 2010

SABEDORIA

A sabedoria é bênção que não chega total e completa para ninguém.
No transcurso das diversas existências cada Espírito desenvolve a escala de valores morais que lhe cumpre atender, harmonizando o conhecimento com o sentimento, o intelecto com a emoção, a razão com a bondade.
Trata-se de um empreendimento de longo e demorado curso, que se origina interiormente e se expande preenchendo os espaços mentais e emocionais do ser.
Ninguém é o que aparenta.
A sabedoria encontra-se em germe em todos os indivíduos, aguardando os fatores que lhe propiciem a exteriorização das possibilidades latentes, que se transformarão em atitudes e comportamentos superiores.
Semelhante a uma semente, é invisível o seu fanal, que o tempo desvela e permite agigantar-se, alcançando a finalidade essencial.
Quem contemple uma semente, jamais poderá perceber o milagre que oculta.
Ninguém vê o vegetal em que se transformará, as flores que espocarão perfumadas, os frutos saborosos ou não que se apresentarão multiplicados, as futuras sementes...
Imprescindível esperar que os fatores mesológicos e a intimidade do solo façam brotar a plântula que oculta, a fim de tornar-se a realidade que se encontra adormecida.
Na juventude, quando irrompem as energias dominadoras, a arrogância predomina em a natureza humana, tornando o indivíduo, não raro, exigente, intolerante, agressivo. À medida que as experiências exornam o caráter com paciência, a sabedoria se apresenta nas suas primeiras manifestações, que podem ser identificadas como humildade, gentileza, compreensão, tolerância...
Essa operação ocorre no ser interior, que se torna compassivo e generoso, por compreender que as criaturas são diferentes e transitam em níveis de desenvolvimento intelecto-moral muito diversificados.
Muitas vezes, é dolorosa, porque exige humildade e coragem para reconhecer-se quando se está errado e se deve pedir desculpas.
Todos erram, aprendendo por meio das experiências perturbadoras como não reincidir no desequilíbrio.
A imaturidade psicológica, porém, tem dificuldade em reconhecer os próprios equívocos e teimosamente busca defendê-los mediante recursos pouco lisonjeiros.
Quando se vai despojando das injunções da ignorância e da presunção, descobre a felicidade de ser autêntico, de poder identificar os enganos e repará-los, não se afligindo com a aparência, que é sempre secundária no seu processo de crescimento interior.
A sabedoria aumenta na razão direta em que a consciência humanista se desenvolve e percebe a finalidade da sua existência no mundo.
Divaldo Pereira Franco. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Extraído da Revista Reformador de Agosto de 2004.

25 outubro 2010

ONDE ESTIVERES

Onde estiveres, não percas a oportunidade de semear o bem.
Se a conversa gira em torno de uma pessoa, destaca-lhe as virtudes, recordando que todos ainda nos encontramos muito longe da perfeição.
Se o assunto descamba para comentários maliciosos, à cerca de certos acontecimentos, procura, discretamente, imprimir um novo rumo ao diálogo, sem te julgares superior a quem quer que seja.
Onde estiveres, não permitas que o mal conte com o teu apoio para se propagar.
Se muitos falam em tom de pessimismo sobre os problemas que afligem a Humanidade, demonstra a tua confiança no futuro, recordando aos interlocutores que nada acontece sem a permissão de Deus.
Se outros se transformam em profetas da descrença, quais se fossem eles mesmo os únicos a se salvarem do naufrágio dos valores morais em que o homem se debate neste ocaso de milênio, trabalha com todas as tuas forças na construção de um mundo melhor, porquanto um só exemplo tem mais poder de persuasão sobre as almas do que um milhão de palavras.
Onde estiveres, não te esqueças de que o bem necessita de ti como instrumento para manifestar-se e não cruzes os braços, como se nada tivesses a ver com o que acontece ao teu redor.

Francisco Cândido Xavier; Carlos A Baccelli. Da obra: Confia e Serve. Ditado pelo Espírito André Luiz

22 outubro 2010

ANIMISMO

         Animismo: (anima – alma) Sistema fisiológico que considera a alma como causa primária de todos os fatos intelectuais e vitais, isto é, expõe o fenômeno anímico como a manifestação da alma do médium, portanto, á alma do médium pode manifestar-se como qualquer ouro espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de espírito e fala como tal e não como encarnado. 
         Para que se possa distinguir, se é o espírito do médium ou outro que se comunica, é necessário observar a natureza das comunicações, através das comunicações e da linguagem.
         Outro grande engano é confundir Animismo com Mistificação.
      "Na verdade a questão do Animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos. Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenômeno anímico e não espírita. Creio oportuno enfatizar aqui que em verdade não fenômeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, manifestações anímicas".
       A conclusão que chegamos é que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica.
       Existem também manifestações de animismo puro, ou seja, comunicação produzida pelo espírito do médium, sem a participação de outro espírito - encarnado ou desencarnado, pode ocorrer um processo espontâneo de regressão de memória. 
       Existem fraudes de médiuns e de Espíritos que nada têm a ver com o animismo e o mediunismo.      
       Pode ocorrer o desejo de promoção pessoal e de grupos. 
       Existem a dos Espíritos que usam nomes falsos para desequilibrarem àqueles que se esquecem de estudar e julgam assim serem superiores demais. 
      Devemos conservar a humildade e agradecer constantemente a oportunidade de servir.
Freddy Brandi 
Trecho extraído do site Centro Espirita Ismael - http://www.ceismael.com.br

20 outubro 2010

GLANDULA PINEAL

 A glândula pineal, também denominada de ... 
·                    órgão pineal, 
·                    epífise neural, 
·                    ou simplesmente pineal
        É uma estrutura única e muito pequena localizada no cérebro; ela participa na regulação endócrina da reprodução, do sistema imunológico e da organização dos ritmos biológicos, atuando como mediadora entre... 
·                    o ciclo claro/escuro ambiental e 
·                    processos fisiológicos tais como sono/vigília, atividade/repouso, entre outros. 
        Ela é facilmente visível em radiografias; por isso, até recentemente muitos afirmavam que a glândula estava calcificada e era uma estrutura em involução.
        Atualmente devido a sua importância em cronobiologia, a pineal tem sido muito estudada; assim, foi demonstrado que ela não se calcifica; e, sim, forma cristais de apatita: um mineral incolor composto por fosfato de cálcio que contém urânio em seu interior e, que tem sido muito estudado no Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
        A pineal está numa área cheia de líquido, por ser recoberta por uma lâmina de tecido corióide do terceiro ventrículo; local esse que, da mesma forma que em outros ventrículos cerebrais, circula o liquor cérebro-espinhal.
        Segundo o físico-espiritualista, Dr. Valdir Aguilera, os
pensamentos são irradiações ondulatórias produzidas por vibrações do espírito, encarnado ou desencarnado; ele não se propaga por ondas eletromagnéticas e sim através de ondas vibratórias. E o ambiente líquido onde a pineal está localizada de certa forma facilitaria a captação dessas ondas vibratórias.
        Por outro lado, os cristais de apatita que essa glândula contém são capazes de captar campos eletromagnéticos. É provável que seja então a interação desses dois fatores que fazem a pineal atuar como uma verdadeira antena vibrátil; e essa antena será tanto mais sensível quanto maior for o seu conteúdo de apatita.

        No relato do Espírito André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier ocorrida em 1943, no livro Missionários da Luz (1), o orientador Alexandre faz as seguintes considerações: "... analisemos a epífise como glândula da vida espiritual do homem
        Segregando energias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade
        As redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos...".



Pesquisa feita no google.

17 outubro 2010

PUREZA

A pureza é uma virtude muito difícil de compreender.
Segundo o dicionário, puro é o que é limpo, intocado, sem manchas ou máculas.
Nesse sentido, pureza seria o estado de quem nunca foi tocado pelo mal, em qualquer de suas formas.
A pureza teria de ser preservada desde a origem, pois qualquer mácula implicaria a sua perda.
Em termos humanos, todos nasceriam puros e assim permaneceriam até que cometessem a primeira falta.
Em tal acepção, o estado de pureza estaria para sempre perdido e fora do alcance da imensa maioria dos homens.
Entretanto, Jesus afirmou a bem-aventurança dos puros de coração.
Não é possível que a felicidade dos bem-aventurados seja restrita a uma ínfima minoria, pois o Cristo também disse que nenhuma de Suas ovelhas se perderia.
Assim, o sentido da palavra pureza não pode se restringir à condição de alguém que nunca foi tocado pelo mal.
O Espiritismo esclarece que todos os Espíritos são criados por Deus, simples e ignorantes.
Gradualmente, à custa de suas experiências, eles desenvolvem os tesouros intelectuais e morais cujo princípio trazem no íntimo.
São dotados de livre arbítrio, a fim de que optem pelos caminhos que lhes pareçam os melhores.
Por vezes erram, em sua ignorância, mas os erros são apenas tropeços momentâneos na caminhada para a angelitude.
Por conta da lei de harmonia e justiça que rege o Universo, todo equívoco deve ser reparado.
Tem-se aí a liberdade com sua natural contraparte, a responsabilidade.
O erro é inerente ao processo de aprendizado.
A perfeição é atributo dos anjos.
Após incontáveis encarnações, os Espíritos desenvolvem todos os seus potenciais e se tornam infinitamente sábios e amorosos.
É quando se tornam puros, pois livres de todos os vícios, não mais sujeitos a erros e intrinsecamente bondosos.
A perfeita pureza não é algo com que se nasce e pode ser perdido ao menor deslize.
Trata-se de um estado de consciência a ser construído ao longo de muitas experiências.
Puro não é o ignorante da realidade da vida, mas o que muito conhece e opta pelo bem, pelo belo, pelo justo.
A pessoa impura vê o mal em toda parte e tem prazer nele.
Como exemplo é o caso de quem observa a conduta alheia sempre disposto a ver e alardear corrupção e leviandade.
O severo censor do próximo muitas vezes apenas afeta uma pureza que não possui.
Intensamente desejoso de fazer algumas coisas que reputa indignas, critica com violência quem as realiza.
A luta por vencer os próprios vícios é dura e meritória.
Ninguém advogará que a criatura viva o que considera errado.
Apenas é necessário dar um passo além e se desvencilhar emocionalmente do equívoco, para não mais gastar tempo na crítica gratuita à conduta alheia.
Como não é ignorante, a pessoa pura identifica o mal onde realmente existe.
Ela percebe e lamenta a desonestidade, o egoísmo, a perversão e a crueldade, mas não os valoriza.
A pureza é algo a ser conquistado.
Viver puramente é uma opção que se faz.
Essa vivência implica luta e esforço, pois pressupõe abandonar maus hábitos e vencer paixões.
Maria de Magdala é oportuno exemplo de pureza conquistada.
Embora os grandes equívocos de seu passado, após conhecer Jesus passou a cultivar a pureza em sua vida.
Trata-se de um eloqüente símbolo da vitória da razão e da vontade sobre a paixão e os vícios.
Assim, tornar-se puro é possível, basta querer.
Pense nisso.





Redação do momento espírita  - http://www.reflexao.com.br/
 

16 outubro 2010

NÃO SE DEIXE SOTERRAR

Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua pequena fazenda.
 Um dia, o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus cavalos havia caído num velho poço abandonado.
 O buraco era muito fundo e seria difícil tirar o animal de lá.
 O fazendeiro avaliou a situação e certificou-se de que o cavalo estava vivo. Mas, pela dificuldade e o alto custo para retirá-lo do fundo do poço, decidiu que não valia a pena investir no resgate.
Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo.
O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o cobrissem totalmente e o poço não oferecesse mais perigo aos outros animais.
No entanto, à medida que a terra caía sobre seu dorso, o cavalo se sacudia, derrubava-a no chão e ia pisando sobre ela.
Logo, os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra caía, até que, finalmente, conseguiu sair.

Algumas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre.
É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da incompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença.
Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e façamos a nossa parte para sair da dificuldade.
Afinal, se nos permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções: ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo, ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre.
É importante que, se estamos nos percebendo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir.
Ademais, em todas as situações difíceis que enfrentamos na vida, temos o apoio incondicional de Deus, nosso Pai celestial, do qual podemos nos aproximar através da oração.
E a oração é uma poderosa alavanca de que podemos lançar mão a qualquer momento e em qualquer lugar.

Jesus nos recomendou oração e vigilância.
A vigilância constante pode nos poupar de muitos dissabores, pois quem está atento facilmente percebe a investida de sentimentos perigosos que podem nos infelicitar.
É a chegada silenciosa de uma desilusão, da inveja, do orgulho, da soberba, da solidão e de outros tantos detritos que pesam em nossa economia moral e tendem a nos levar para o abismo.
A oração é recurso precioso que nos permite as forças necessárias para resistir a todas as investidas menos felizes.
Por isso, vale a pena meditar sobre os sábios conselhos do Mestre de Nazaré, pois eles podem nos ser muito úteis na conquista da felicidade que tanto desejamos.

 Extraído do site Comunidade espirita  -  http://www.comunidadeespirita.com.br/

15 outubro 2010

REFORMA ÍNTIMA EM SEIS PERGUNTAS:


1ª - O que é a Reforma Intima?
A Reforma Intima é um processo contínuo de autoconhecimento, de conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.

 
2ª - Por que a Reforma íntima?

Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamente o trabalho de burilamento dentro de nós, conduzindo-nos compativelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso espírito.

 

3ª - Para que a Reforma Íntima?
Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das últimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.

 

4ª - Onde fazer a Reforma íntima?
Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressada-mente com serviços ao próximo.

 

5ª - Quando fazer a Reforma Intima?
O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso íntimo.

 

6ª - Como fazer a Reforma íntima?
Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós mesmos, um dos meios mais efetivos é o ingresso numa Escola de Aprendizes do Evangelho, cujo objetivo central é exatamente esse. Com a orientação dos dirigentes, num regime disciplinar, apoiados pelo próprio grupo e pela cobertura do Plano Espiritual, conseguimos vencer as naturais dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpomos as nossas barreiras. Daí em diante o trabalho continua de modo progressivo, porém com mais entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer nossa Reforma Intima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente com os ensinamentos de Jesus.

Do site : COMUNIDADE ESPIRITA - http://www.comunidadeespirita.com.br/Por : Ney Prieto Peres

14 outubro 2010

APRESSADO E MAL AGRADECIDO

Felipe Madeira é apressado em tudo o que faz. 
Por isso, é conhecido na cidade (e até no centro espirita que frequenta) 
como "o apressadinho". Por força disso, vive num mundo só dele, 
onde prevalecem o tempo e a determinação dele.
Muitos compromissos assumidos têm que ser remarcados, 
pois a tolerância de espera dele é de no máximo cinco minutos. 
Como a "marca registrada" do brasileiro não é a "pontualidade britânica", 
as pessoas geralmente costumam atrasar-se quinze, 
vinte minutos e até meia-hora, do tempo especificado.
Até nos fatos espirituais, Felípe Madeira demonstra a sua impaciência. 
Quando lhe pedem: "espere um minutinho, por favor", 
ele conta no relógio o minutinho. 
E não espera mais do que isso. 
Tudo tem que ser milimetricamente correto, como manda o figurino.
Há um fato que mostra bem esse detalhe. 
Certa vez, após proferir palestra em um centro espírita, 
ele passou no supermercado. Contudo, não encontrava 
uma vaga no estacionamento. Contrariado, roía as unhas, 
esfregava as palmas das mãos, coçava os cabelos, 
numa atitude de puro nervosismo.
Concentrando-se e procurando acalmar-se, 
finalmente apelou para Deus:
"Ó Deus, Pai e Senhor onipotente! Olhai por mim, Senhor! 
Fazei com que surja-me uma vaga e eu prometo, 
de agora por diante, corrigir-me desta minha ansiedade, 
desta minha falta de calma, desta minha pressa, 
em todos os momentos da minha vida!"
Coincidência ou não, surge uma vaga, como que inesperadamente, 
numa prova inequívoca de que quando agimos com calma, 
tudo se resolve, e que não adianta se desesperar 
nem apressar-se sem mais nem menos, 
pois o desespero e a falta de calma somente nos desgasta, 
fisica e espiritualmente.
Esquecido dos rogos que fizera a Deus 
e do fato surpreendente do surgimento da vaga, 
numa flagrante atitude do ser mal-agradecido, 
ou daquele que vulgarmente se costuma 
denominar que "cuspiu no prato que comeu", 
Felipe Madeira ergueu os olhos para o céu, 
como quem responde para Deus, e disse:
"Pode deixar, eu já encontrei!" 

Autoria -  Ciço di Niro 
Extraído do site Comunidade espirita  -  http://www.comunidadeespirita.com.br/ 

13 outubro 2010

CONQUISTAS INDIVIDUAIS

"Eu não consigo, por mais que tente. Para mim é impossível."
Essas são frases que podemos ouvir vez ou outra e que, em essência, não traduzem a verdade.
Não há obstáculos intransponíveis ou insuperáveis ao ser humano que verdadeiramente anseie por vencê-los.
Recordamos de Mabel Hubbard que aos quatro anos de idade teve um violento ataque de escarlatina e se tornou apática e calada.
Alguns dias depois, a criança reclamou: "por que os pássaros não cantam? Por que vocês não falam comigo?"
As perguntas cortaram o coração dos pais que, só então, perceberam que a enfermidade deixara sua filha completamente surda. Mas ela tinha uma vantagem sobre as demais crianças que nasciam surdas. Ela sabia falar. Como preservar isso era o grande desafio para seus pais.
O diretor de uma escola para cegos, em Boston, lhes disse que eles poderiam preservar a fala da filha, desde que a obrigassem a falar sempre, que jamais aceitassem gestos. Que eles a ensinassem pela vibração.
Fizessem-na sentir a garganta, o ronronar do gato, o piano. E ler o movimento dos lábios.
Assim foi, embora fosse doloroso por vezes não dar à criança o leite que apontava insistente. Não, até ela pedir: quero leite. Ou então fingir que não estavam vendo seus gestos desesperados para ir passear, até que ela falasse: "quero ir passear. Quero sair."
Quatro anos depois, Mabel estava adaptada em todos os aspectos à vida normal. A professora que ensinava suas outras irmãs a ela também o fez. Ela aprendeu a ler, escrever, soletrar.
A outra batalha que seus pais precisaram superar foi com o próprio legislativo estadual. Naquela época as crianças surdas, ao atingirem 10 anos de idade, eram simplesmente despachadas para asilos no estado vizinho.
E o pai, advogado, começou a lutar para que se elaborassem leis para a criação de escolas para surdos. A própria Mabel foi levada frente a uma comissão a fim de provar que crianças surdas tinham capacidade de aprendizado.
Um dos funcionários afirmou que a recuperação da fala pela criança surda custava mais do que compensaria ouvi-la falar. Além do que, concluía, mesmo que o surdo dissesse algumas palavras, por maior que fosse o êxito atingido na articulação das palavras, a sua inteligência continuaria sempre em trevas.
Mabel derrubou as afirmativas, demonstrando seus conhecimentos de história, geografia, matemática, respondendo às questões que lhe foram formuladas e lendo de forma fluente.
Nada intimidou a menina. Ela fora criada numa família com muitos parentes. Estava acostumada a viver em meio a muita gente.
Ao lhe perguntarem se era surda, ela olhou para sua professora e, intrigada, indagou: "senhorita, o que é uma criança surda?"
Até então não percebera que era diferente.
Essa criança se tornou mais tarde a esposa de um homem que desde sua meninice vivia às voltas com o som: Alexander Graham Bell.
Tornou-se uma pessoa excepcional. Era alegre, espirituosa, imensamente cativante. Durante quase 50 anos ela amparou e inspirou seu brilhante e excêntrico marido, o inventor do telefone. 
Seleções do Rider’s Digest, julho 1963 - Ouve, meu amor

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