21 agosto 2010

COISAS CELESTES E CELESTIAIS



No intercâmbio com o mundo espiritual, é freqüente a reclamação de certos estudiosos, relativamente à ausência de informações das entidades comunicantes, no que se refere às particularidades alusivas às atividades em que se movimentam.
Por que não se fazem mais explícitos os desencarnados quanto ao novo gênero de vida a que foram chamados?
Como serão suas cidades, suas casas, seus processos de relações comuns?
Através de que meios se organizam hierarquicamente?
Terão governos nos moldes terrestres?
Indagam outros, relativamente às razões pelas quais os cientistas libertos do plano físico não voltam aos antigos centros de pesquisas e realizações, vulgarizando métodos de cura para as chamadas moléstias incuráveis ou revelando invenções novas que acelerem o progresso mundial.
São esses os argumentos apressados da preguiça humana.
Se os Espíritos comunicantes têm tratado quase que somente do material existente em torno das próprias criaturas terrenas, num curso metódico de introdução a tarefas mais altas e ainda não puderam ser integralmente ouvidos, que viria a acontecer se olvidassem compromissos graves, dando-se ao gosto de comentários prematuros?
É necessário compreenda o homem que Deus concede os auxílios; entretanto, cada Espírito é obrigado a talhar a própria glória.
A grande tarefa do mundo espiritual, em seu mecanismo de relações com os homens encarnados, não é a de trazer conhecimentos sensacionais e extemporâneos, mas a de ensinar os homens a ler os sinais divinos que a vida terrestre contém em si mesma, iluminando lhes a marcha para a espiritualidade superior.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel

19 agosto 2010

Os Sábios Reais

"Quem dentre vós é sábio e entendido mostre por seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria". (Tiago, 3:13)
Milhares de pessoas senhoreiam os tesouros da instrução, multiplicando títulos, no campo social, para fugirem, incompreensivelmente, do trabalho e da fraternidade.
Aqui temos um bacharel que, por haver conquistado um diploma profissional, declara-se incapaz de efetuar a limpeza da própria roupa, quando necessário; ali vemos uma jovem musicista que, por haver atravessado os salões de um conservatório, afirma-se inabilitada para servir as refeições no próprio lar. Além, observamos um negociante inteligente que, por haver explorado a confiança alheia, recolhe-se nos castelos da finança segura, asseverando-se entediado do contato com a multidão, que lhe conferiu a prosperidade. Mais adiante notamos religiosos de vários matizes que, depois de se declararem consolados e esclarecidos pela fé, começam a ironizar os irmãos infelizes ou ignorantes que, em nome de Deus, lhes aguardam os testemunhos de bondade e de amor.
Na vida espiritual, todavia, os verdadeiros sábios são conhecidos por ângulos diferentes.
Os verdadeiros amigos da luz revelam-se através da generosidade pessoal. Sabem que o isolamento é orgulho, que a violência é crueldade, que a exigência descabida é serviço da treva, que o sarcasmo é perturbação... Reconhecem que a sabedoria é paternidade espiritual, cheia de compreensão e carinho, e, por isso, sem qualquer humilhação a ninguém, auxiliam a todos, indistintamente, acendendo, com amor, na escura ignorância que os cercam, a luz abençoada que brilhará, vitoriosa, amanhã.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Segue-me. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

18 agosto 2010

O VOLUNTÁRIO

 Sempre que precisares de alguém,
procure sempre um alguém que tem:
Uma vontade enorme de sevir,
alguém que não precise perguntar,
se espontaneamente quer ajudar,
sem que seja preciso alguém pedir.

Que nunca espere ser recompensado,
por qualquer bom gesto praticado
em favor de uma causa qualquer.
Que esteja pronto a dizer "presente",
sem pensar no que vem pela frente
e muito menos dizer quem você é.

Se praticar o bem é uma boa ação,
então faça isso com o coração.
Quantas vezes for necessário,
faça tudo, com o maior prazer
e demonstre que você pode ser
um cidaqdão digno, um VOLUNTÁRIO.

Autoria: Manoel Borges dos Santos, um amigo.

17 agosto 2010

COM JESUS E KARDEC

O espírita antigamente,
Nas visões em que me interno,
Fosse na rua ou no lar
Era muito mais fraterno.
Os templos eram humildes
Construções de alvenaria.
Sob a luz da mesma fé,
Tudo vibrava harmonia.
Cultivava-se o respeito
Pela Codificação.
Hoje dizem que Kardec
Necessita revisão.
Nos artigos dos jornais,
Sempre se tinha o que ler.
Agora é o ataque mútuo,
Provocando-se a valer...
Até mesmo para o passe
Inventaram novas formas.
Dizem que a Doutrina é livre
E vão prescrevendo as normas...
Aos caminhos de quem serve,
Chega a crítica mais cedo
E, por isso, de ser médium
Muita gente anda com medo.
Eu sei que lendo os meus versos
Ainda alguém vai falar:
- "Foi algum obsessor
Que tomou o seu lugar..."
De fato, os tempos são outros.
O progresso é natural.
Mas não percamos de vista
A pureza original.
Recordando, meus amigos,
O que houve ao Cristianismo,
Procuremos trabalhar
Deixando tanto modismo.
Aqui para e vou cantando
Na estrada que me conduz:
Sou um "espírita de ontem",
Com Kardec e com Jesus.

Francisco Cândido Xavier ;  Carlos A Baccelli. Da obra: Confia e Serve. Ditado pelo Espírito Eurícledes Formiga

15 agosto 2010

Em Agonia

Onde vás, onde te encontres, defrontarás a agonia.
Anseias pela paz, buscas segurança, no entanto és surpreendido a cada instante pelo esboroar dos teus sonhos.
Programas elaborados por anos-a-fio, quando postos em execução, não resistem aos testes mais humildes, e aflições sem nome te povoam a casa mental, arruinando a esperança que anelavas.
Aspirações agasalhadas nas mãos da ternura se ensombram de augúrios pessimistas, quando supõe chegado o momento de corporificá-las. Aqui surpreendes o erro como língua de fogo purificador cremando a iniquidade do pretérito.
Ali defrontas a ofensa transformada em chaga viva, reparando a loucura ultriz de ontem.
Além encontras a desdita aguardando, qual lição necessária, a bênção reparadora.
E concluis, ao fim, que a soma dos dias apresenta mais inquietação do que serenidade. Ê que todos somos espíritos endividados com as Leis Divinas em processos renovadores, pelo cadinho das reencarnações sucessivas
Enquanto o espírito jornadeia na Terra, em programas disciplinantes, não pode prever a experiência com que o amanhã lhe cobrará o tributo da evolução.
Quantos, porém, possam atravessar as dificuldades com ô coração dorido mas alçado ao amor, embora opresso, avançam na direção da liberdade.
Não te revoltes com as rudes provações.
O que hoje te falta significa desperdício de ontem.
O de que tens necessidade, malbarataste.
A limitação que te oprime, corrige-te o excesso mal aplicado.
O que te detém, detinhas.
Alonga os olhos na direção dos horizontes infinitos e agradece a Deus a agonia que experimentas, mas em cuja trilha haurirás paz.
Reúne as forças da coragem e liga-te de todo o coração aos heróis silenciosos que sofrem e trabalham infatigavelmente, seguindo com eles em busca da verdadeira vida, porquanto ninguém há, na Terra, abastado ou mendigo, que desfrute de paz integral, felicidade plena ou desgraça total, no atual estado evolutivo. Apesar das dores que assinalas e das aflições que te aprimoram, as Excelsas Mãos estão modelando em teu íntimo, para mais tarde, a lira sublime que tangirás em harmoniosas vibrações, passado o estágio na abençoada escola terrena de agonias.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

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