22 abril 2014

DIANTE DA MORTE


Quando nos deparamos com a morte, temos a sensação, da separação, de abandono, de desespero, de perda, enfim de todo tipo de sentimento quase humanamente impossível de descrever. Podemos dizer que nossa passagem pela Terra nesta encarnação, chegou na sua transição, é claro que  a dor da separação mesmo sabendo-se que momentanea, é indescritível, temos a certeza de que nossos protetores e irmãos espirituais nos trarão a seu devido tempo  a paz para continuar no caminho que muitas vezes nos parece o mais difícil, o mais sacrificante, mas independente de como lidamos com esta dor, o amparo espiritual é totalmente preparado até mesmo antes do ocorrido.
Diante da certeza da grandeza de Deus e de sua infinita bondade, procurar evitar a todo custo pensamentos e palavras em que possa afastar aqueles que de alguma forma estão tentando amenizar esta dor, nossos protetores. 
Estas perguntas e respostas foram retiradas do Livro dos Espíritos de Kardec.
 


149 Em que se torna a alma logo após a morte?
– Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que havia deixado temporariamente.

154 O corpo ou a alma sente alguma dor no momento da morte?
– Não; o corpo sofre muitas vezes mais durante a vida do que no momento da morte: a alma não toma nenhuma parte nisso. Os sofrimentos que às vezes ocorrem no momento da morte são uma alegria para o Espírito, que vê chegar o fim de seu exílio.

155 a A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
– Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o retinham no corpo físico: eles se desatam, não se quebram.

Durante a vida, o Espírito se encontra preso ao corpo por seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é apenas a destruição do corpo e não do perispírito, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; opera-se gradualmente e com uma lentidão muito variável, conforme os indivíduos. Para uns é bastante rápido e pode-se dizer que o momento da morte é ao mesmo instante o da libertação, quase imediata. Mas, para outros, aqueles cuja vida foi extremamente material e sensual, o desprendimento é mais demorado e dura algumas vezes dias, semanas e até mesmo meses. Isso sem que haja no corpo a menor vitalidade nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre corpo e Espírito, afinidade que sempre se dá em razão da importância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É racional conceber, de fato, que quanto mais o Espírito se identifica com a matéria, mais sofre ao se separar dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, a elevação de pensamentos, operam um início do desprendimento mesmo durante a vida do corpo, de tal forma que, quando a morte chega, o desprendimento é quase instantâneo. Esse é o resultado de estudos feitos em todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações ainda provaram que a afinidade que em alguns indivíduos persiste entre a alma e o corpo é, algumas vezes, muito dolorosa, visto que o Espírito pode sentir o horror da decomposição. Esse caso é excepcional e particular para certos gêneros de vida e certos gêneros de morte; verifica-se entre alguns suicidas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...