10 setembro 2010

ENTRE O BERÇO E O TÚMULO

"Não atentando nós nas coisas que se vêem,
mas nas que se não vêem, porque as
que se vêem são temporais e as que
se não vêem são eternas."
- Paulo. (II Coríntios, 4:18.)

A flor que vemos passa breve, mas o perfume que nos escapa enriquece a economia do mundo.
O monumento que nos deslumbra sofrerá insultos do tempo, contudo, o ideal invisível que o inspirou brilha, eterno, na alma do artista.
A Acrópole de Atenas, admirada por milhões de olhos, vai desaparecendo, pouco a pouco, entretanto, a cultura grega que a produziu é imortal na glória terrestre.
A cruz que o povo impôs ao Cristo era um instrumento de tortura visto por todos, mas o espírito do Senhor, que ninguém vê, é um sol crescendo cada vez mais na passagem dos séculos.
Não te apegues demasiado à carne transitória.
Amanhã, a infância e a mocidade do corpo serão madureza e velhice da forma.
A terra que hoje reténs será no futuro inevitavelmente dividida. Adornos de que te orgulhas presentemente serão pó e cinza. O dinheiro que agora te serve passará depois a mãos diferentes das tuas.
Usa aquilo que vês, para entesourar o que ainda não podes ver.
Entre o berço e o túmulo, o homem detém o usufruto da terra, com o fim de aperfeiçoar-se.
Não te agarres, pois, à enganosa casca dos seres e das coisas. Aprendendo e lutando, trabalhando e servindo com humildade e paciência na construção do bem, acumularás na tua alma as riquezas da vida eterna.


 Francisco Cândido Xavier. Da obra: Fonte Viva

2 comentários:

  1. Olá Sonia, Realmente o que fica para o eterno são nossas ações, nossas atitudes, posturas diante das situações e tudo que faz parte da nossa Essência. Por isso devemos sempre estar em crescimento e aprendizagem nesta grande escola que é o planeta Terra, para que nossa existência não seja passada em vão.
    Ótima mensagem.
    Um grande abraço!
    Lú.

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  2. Lú, a gente sabe que o poder de nossos pensamentos remove montanhas literalmente.
    As barreiras que impomos no dia a dia, nos impede muitas vezes de conhecer e desvendar o que vai além do véu que encrobe nossos olhos.
    Entender o próximo, ou pelo menos tentar, pode ser o primeiro passo de muitos outros tão dificeis quanto o primeiro, mas se não tentarmos ficaremos assim, acomodados, deixando a vida escapar por entre os dedos.
    Muita paz pra você!
    Sonia.

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